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Veja o que esperar para o mercado do milho nesta semana

No mercado interno, os preços do milho estão elevados; avanço da colheita nos EUA deve pressionar vendas americanas

milho embrapa
Foto: Renata Silva/Embrapa Rondônia

O mercado do milho nesta semana vai acompanhar os avanços da colheita de milho nos Estados Unidos, que se aproxima da fase final. No Brasil, além dos preços, o clima segue com atenção dos produtores já que em algumas regiões existem relatos de perdas.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.

  • Mercado externo com semana de acomodação;
  • Colheitas nos EUA avançando para a fase final e, naturalmente, enchendo silos  e provocando alguma pressão de venda interna pelo produtor local;
  • A crise instalada pelo novo ciclo de risco no sistema financeiro, com eleições norte-americanas, avanço da pandemia e pacote de ajuda social nos EUA abalou o câmbio e o mercado de commodities na semana;
  • Não há novos movimentos de compras por parte da China no mercado norte-americano. Pelo contrário, o trigo agora está mais barato que o milho na China e é possível que o milho encontre baixas de preços nos próximos três meses;
  • Os movimentos de longo prazo de milho por parte da China, como potencial possível grande importador, ainda é uma hipótese apenas e não se revela como  uma variável de curto prazo;
  • Clima na América do Sul é o ponto Central daqui para frente, bem como o movimento de preços do trigo com o clima na Europa, Austrália e Argentina;
  • US$ 4.20/bushel para a CBOT no milho parece caro para o atual nível de estoques dos EUA e movimento mais discreto pela China;
  • Mercado brasileiro com nova semana de preços muito firmes e novos recordes;
  • Níveis de R$ 70 no Mato Grosso e R$ 76/78 no Paraná refletem o quadro de dificuldades de ofertas e preços muito altos;
  • Não há nenhuma importação sendo realizada com origem EUA e os custos para importação de milho argentino chegam hoje a R$ 92/94 CIF porto brasileiro;
  • Reduzir a produção do setor da avicultura parece natural diante do quadro de  custos altos e dificuldade de repassa destes custos;
  • Contudo, a sazonalidade normal dos alojamentos é de redução até março em relação a outubro, que foi recorde, com 608 milhões de cabeças;
  • Safra de verão do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina já com perdas de produção e necessitando de regularização em novembro para evitar aumento de perdas;
  • Chuvas melhoraram em todo o Centro-Oeste e Sudoeste e o plantio da soja avança. Não há nenhum entrave para o plantio da safrinha 2021, até o momento, a não ser o atraso e plantio tardio;
  • Alguma liquidação por parte dos produtores devido aos preços muito altos parece natural em qualquer momento até janeiro.