Os técnicos do Imea disseram que a participação das fêmeas em relação ao total abatido ficou 37% na média deste ano, mantendo-se no mesmo ritmo visto em 2008 (38%) e 2009 (36%).
? Este ritmo lento da participação das vacas no abate total do Estado pode ser explicado pelo bom momento do mercado de reposição ? dizem eles.
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, os abates totais em Mato Grosso chegaram a 1,88 milhão de cabeças e cresceram 13% em relação a igual período em 2009 e 2% comparativamente aos mesmos meses de 2008. A média mensal de abate neste ano está em 376 mil cabeças, volume superior à média de 348 mil cabeças registradas no ano passado. Os técnicos concluem que a expansão do abate, o aquecimento do mercado de reposição e a evolução das exportações são fatores que demonstram a recuperação da pecuária em 2010.
Em relação às exportações, os técnicos do Imea observaram que a receita em maio, de US$ 56 milhões, foi recorde. Eles atribuem o aumento à melhora da taxa de câmbio, com o dólar cotado a R$ 1,81, o maior valor mensal desde fevereiro.
? Mesmo com o câmbio inferior em relação a 2009, o valor das exportações dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, devido, primeiramente, ao aumento do volume e depois pela valorização dos preços no mesmo período.
No boletim semanal sobre a pecuária de corte, divulgado hoje, os técnicos relataram que o preço do boi gordo subiu 0,62% na semana passada, com o valor à vista de R$ 73,00/arroba. A vaca gorda foi negociada a R$ 67,34/arroba, com valorização de 0,14%. No mercado de reposição, os preços apresentaram leve recuo em junho, acompanhando a cotação da arroba do boi gordo, que registrou ligeira queda de 0,41%, para R$ 72,35/arroba.
Em relação a junho do ano passado o preço do boi gordo subiu 6,89%, impulsionando as cotações dos animais de reposição. Os técnicos do Imea destacam a valorização anual dos preços do bezerro e da bezerra de desmama, que subiram 5,81% e 7,00%, respectivamente.