Segundo levantamento feito pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), no período entre janeiro e agosto, o total abatido em 2011 chega a 3,184 milhões de cabeças. Este numero é 6,8% e 16,1% superior ao rebanho abatido no mesmo período dos anos de 2010 e 2009, respectivamente.
Para Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), vários fatores contribuíram para esse aumento no volume de bate.
? Ressaltamos os animais vindos do semiconfinamento, já que conhecíamos os números de animais confinados e não chegavam a esse montante. Ninguém abate se o mercado não tiver aquecido e o que verificamos é que o consumo interno está em alta e as exportações foram retomadas ? pontua.
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento,a produção de Mato Grosso teve aumento de 46% em suas exportações no mês de agosto, comparado ao mês de julho deste ano, chegando a 15,4 mil toneladas. Já as exportações de carne bovina brasileira registraram acréscimo no volume embarcado de 7,6 totalizando 99,8 mil toneladas de equivalente carcaça, em relação ao mês anterior.
Mato Grosso contribuiu com 65% do crescimento das exportações brasileiras no mês de agosto. Apesar desse saldo positivo, quando se compara agosto com o mesmo período do ano anterior, observa-se recuo de 32,78% no total embarcado pelo Brasil e em Mato Grosso de 36,3%, reflexo, em parte, do embargo russo e da desvalorização do câmbio brasileiro.
Outro fator que chama a atenção é o aumento de animais jovens abatidos no Estado. O crescimento foi de 39,4% do volume de machos jovens, que somaram 217,6 mil animais abatidos, sendo, destes, 205,2 mil cabeças na faixa entre 24 e 36 meses.
? Devemos observar que isso é fruto de investimento do produtor de Mato Grosso no melhoramento genético de seu plantel, em confinamento, semiconfinamento e suplementação a pasto ? analisa Vacari.
Em agosto o abate de fêmeas também foi grande e correspondeu a 39,6% do total de animais com 189,1 mil cabeças, inferior ao mês de julho onde corresponderam a 46,1%.
? A principal causa do abate de fêmeas tem sido a falta de pasto nesse período de seca e não de aquecimento do mercado ? disse o superintendente da Acrimat.