— O cenário indica que essa curva é crescente e acima de 20%, a redução do rebanho de Mato Grosso pode chegar a 2,0% — analisou o diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Mauricio Campiolo. De acordo com a entidade, o cenário quebra uma sequência de aumento de quatro anos consecutivos do rebanho no Estado.
Segundo a Acrimat, a explicação para o crescente abate de fêmeas é a seca ocorrida em 2010, que afetou os pastos de Mato Grosso, seguido por um ataque de pragas em 2011.
Em 2006, a variação do abate de fêmeas chegou a 24,4%, provocando uma queda no rebanho de 2,5% e em 2007, a variação foi de 21,9%, baixando o rebanho em 1,7%, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O Imea fez uma análise com base em dois possíveis cenários. O primeiro com o indicativo de variação de abate de fêmeas de 18,4% em 2012, o que provocaria um aumento no rebanho de 0,1%, subindo das atuais 29,18 milhões de cabeças para 29,20 milhões. O segundo cenário é de uma variação de abate de fêmeas de 21,4%, que afetaria a evolução do rebanho em menos 2,0%, e deixaria o plantel bovino mato-grossense com 28,60 milhões de cabeças.