Os exportadores brasileiros de carne bovina in natura devem ter dificuldade para negociar preços com o recém-aberto mercado dos Estados Unidos. Isso porque, nos próximos três meses, os norte-americanos devem ter um aumento no número de fêmeas abatidas, o que vai elevar a oferta interna de carne bovina, segundo a Abiec (Associação das Indústrias Exportadores de Carne). Com isso, a demanda por importações deve ser pressionada.
Para o representante dos exportadores, com este cenário, o Brasil deve consolidar o mercado norte-americano apenas a partir de 2017. “Vamos patinar até março, mas a tendência é colocar nossa bandeira nos EUA no segundo semestre de 2017 e início de 2018”, afirmou Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec, durante o Encontro de Analistas da Scot Consultoria, realizado na manhã desta sexta-feira, dia 25, em São Paulo, (SP).
“Tínhamos uma grande expectativa e continuamos tendo”, disse ele, referindo-se ao mercado norte-americano, que foi aberto ao produto nacional no fim de julho deste ano.