A oferta de suínos vem aumentando na China, segundo dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país. Em dezembro, o número de animais prontos para abate foi 14,1% maior que o volume de novembro, enquanto o volume de matrizes reprodutoras aumentou 2,2% na mesma comparação, na terceira alta consecutiva. Os dados foram apresentados pelo vice-ministro da Agricultura do país, Yu Kangzhen, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 9.
Conforme o governo chinês, os dados apontam para uma reversão na tendência de declínio contínuo, observada de agosto a novembro do ano passado.
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Em 2019, a China perdeu cerca de 40% de seu plantel suíno em virtude da contaminação pela peste suína africana. Apesar da recuperação na oferta dos animais, Yu disse que a situação de prevenção e controle da peste suína no país “ainda é complicada e séria”. Contudo, ele ponderou que em comparação com os números globais da epidemia, as medidas de combate à doença no país se mostram eficazes.
Dados divulgados pelo ministério apontam 163 focos da doença no território chinês, que levou ao abate sanitário de 1,2 milhão de suínos. “Devemos entender que o vírus da peste suína africana na China se disseminou por uma grande superfície, porque todas as províncias, regiões autônomas e municípios foram contaminadas com a doença. Espera-se que a situação epidêmica continue aparecendo na China”, ressaltou o representante da pasta.
O incremento nos estoques e circulação de animais, contudo, é visto pelo Ministério também como um risco para a disseminação da peste suína africana. “Pode-se dizer que, após a implementação de várias medidas políticas, parece que a prevenção e controle de epidemias podem se tornar o maior fator de restrição à recuperação e ao desenvolvimento da produção suína”, alertou Yu.
Reflexo em outras proteínas
O déficit na oferta de carne suína levou ao redirecionamento do consumo para outras proteínas, como mostram dados compilados pelo governo chinês. De acordo com estimativas preliminares, a produção de carne de aves aumentou mais de 15%, enquanto a produção de carne bovina e ovina aumentou cerca de 3%. O volume produzido de ovos e de leite subiu 5,7%, acima do nível médio nos últimos cinco anos.