ABCZ registra primeiro clone zebuíno

Fêmea da raça nelore Divisa Mata Velha TN 1 possui três meses de vidaAos três meses de vida, a fêmea da raça nelore Divisa Mata Velha TN 1 (Registro BN 1000 TN 1) será conhecida mundialmente como o primeiro clone zebuíno a ser registrado pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). O registro é realizado nesta terça, dia 1°, em Uberaba (MG).

O registro do primeiro zebuíno clonado acontece seis meses depois do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciar a homologação da inscrição de zebuínos oriundos de transferência nuclear (clones) no SRGRZ. Outras raças que também fazem registro de clones são jersey e holandês.

Os critérios para a concessão do registro foram definidos em 2007 por uma comissão técnica formada por pesquisadores de várias universidades e centros de estudo. Uma das exigências é a obrigatoriedade do doador nuclear ser portador de registro genealógico de nascimento ou definitivo.

De acordo com o presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, a ABCZ  dá um importante passo para garantir a formalização desses animais.

? É uma grande conquista, porque, apesar do melhoramento genético ser nossa principal meta, sempre existirão aqueles animais de mérito genético singular, que podem contribuir para resgatarmos qualidades e funcionalidades de interesse do mercado. A clonagem também possibilita a preservação dessa genética ? destaca o presidente.

Ele alerta, porém, que a tecnologia deve ser utilizada com ética e em prol do crescimento da pecuária.

? Temos muito a desenvolver em relação à clonagem, mas a ciência está sempre em evolução e temos que caminhar em conjunto para que possamos utilizá-la a favor do avanço da pecuária. É preciso zelar pela ética em relação à negociação de animais clonados para que o mercado não perca a credibilidade e que nossa pecuária não deixe de se desenvolver. Por isso, as normas são aliadas da ética ? garante.
 
O primeiro clone bovino brasileiro e da América Latina nasceu há oito anos. Batizada de Vitória, a fêmea nasceu graças aos avanços com a biotécnica alcançados pelos pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen).