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Abertura dos Estados Unidos à carne suína do Brasil traz otimismo a produtores de Mato Grosso

Setor acredita que ação deve influenciar positivamente outros mercados consumidoresSuinocultores de Mato Grosso ficaram animados com a abertura dos Estados Unidos para a carne suína produzida no Brasil. O setor acredita que o aval dos norte-americanos deve influenciar positivamente outros mercados consumidores, que também podem abrir as portas para o produto brasileiro. A expectativa é de que o aumento da demanda possa ser a solução para salvar a atividade no Estado, que sofre com os elevados custos.

O custo aproximado de cada quilo de carne suína produzido nas granjas instaladas em Mato Grosso é de R$ 1,90. O valor corresponde a pelo menos 80% do preço médio de venda praticado atualmente no Estado, de R$ 2,35 o quilo vivo segundo a Acrismat. O setor considera a despesa muito elevada.

O cenário da atividade nos próximos meses também preocupa. Apesar de Mato Grosso ser o maior produtor nacional de milho safrinha, o cereal – base da alimentação dos animais – está ficando mais caro no Estado. A seca que castiga lavouras no Sul do país já reflete nos preços praticados no Centro-Oeste. Entre dezembro e janeiro houve valorização de 6,3% segundo o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo o gestor do Imea, Daniel Latorraca, esta alta pode continuar.

Diante de tanta apreensão, o sinal verde dos Estados Unidos para a carne suína brasileira, trouxe otimismo para a classe produtora. A expectativa é de aquecimento da demanda e, consequentemente, melhor remuneração para o suinocultor.

Por enquanto Mato Grosso só está autorizado a vender carne processada para os norte-americanos. Mesmo assim a perspectiva é animadora. Por um lado há a possibilidade de ampliar as vendas para o mercado interno, já que Santa Catarina pode destinar parte da produção in natura para os Estados Unidos. Há também a esperança de que o aval de um dos mercados mais exigentes do mundo, possa influenciar novos compradores a abrirem as portas para o produto brasileiro.

Ampliar o destino das vendas é fundamental para a recuperação da suinocultura mato-grossense. Desde a metade do ano passado o Estado sente os reflexos do embargo da Rússia, até então principal destino da carne suína produzida em Mato Grosso. Em 2011 as exportações do produto registraram queda de 46,7% em volume. Foram embarcadas 13,9 mil toneladas, contra 26,1 mil toneladas no ano anterior. Com isso a receita também caiu significativamente. De US$ 72,8 milhões para apenas US$ 37,1 milhões em 2010.

Em Mato Grosso são abatidos anualmente cerca de 2,1 milhões de suínos, segundo a associação que representa os criadores. Em todo o Estado, o plantel de matrizes chega a 120 mil animais.

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