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Abiec reforça que embarque de carne in natura para EUA começa no 2º semestre

Entidade diz que turbulência política e econômica que o país vem enfrentando nos últimos meses não tem influenciado no andamento do processo

Fonte: Pixabay/Divulgação

As exportações de carne bovina brasileira in natura para os Estados Unidos serão abertas este ano, provavelmente no segundo semestre. Esta é a perspectiva do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, que participou nesta quarta, dia 20, do evento “Desafios e novos caminhos para o zebu”, na Sociedade Rural Brasileira (SRB), em São Paulo.

“Vai abrir, e vai abrir mesmo”, reforçou Camardelli, acrescentando que alguns detalhes de “sintonia fina” estão sendo acertados. “Falta finalizar algumas certificações sanitárias e também uma visita mútua – eles têm de vir para cá e nós para lá para discutir algumas equivalências”, declarou, acrescentando que ainda não há data definida ainda para essas visitas ocorrerem.

A turbulência política e econômica que o país vem enfrentando nos últimos meses não tem influenciado no andamento do processo, garantiu o executivo, reforçando que o que se está discutindo são apenas questões sanitárias. O lobby dos pecuaristas dos Estados Unidos, contrários à compra de carne bovina brasileira, já foi neutralizado, garantiu. “Em primeiro lugar, porque os Estados Unidos precisam da nossa carne”, disse. “E, com todo o respeito à linha política e ao lobby profissional, que é reconhecido nos EUA, o Brasil já superou todas as fases, não pode haver mais argumentos contrários, já que tecnicamente nós já cumprimos todas as exigências.”

Camardelli destacou também que, comercialmente, chega a ser mais vantajoso para os produtores norte-americanos um acordo entre EUA e Brasil no segmento de carne bovina in natura. “Eles vão vender picanha para nós e nós vamos exportar carne magra do dianteiro – mais barata – para o hambúrguer deles”, disse. A grande vantagem para o Brasil, comentou, é o acesso aos países do Nafta – Canadá e México – após os primeiros embarques para os EUA e também a possibilidade de acessar mercados nobres, como Japão e Coreia do Sul, bastante exigentes em questões sanitárias.

Ministro da Agricultura

Indagado sobre o perfil que teria de ter um novo ministro da Agricultura, na eventualidade de o vice-presidente, Michel Temer, assumir a Presidência da República – caso o Senado admita o processo de impeachment de Dilma Rousseff -, Camardelli preferiu não se pronunciar. “Nossa orientação é trabalhar com quem estiver lá, com quem o governo determinar”, disse. “Em temas políticos a orientação que eu tenho dos associados é não me manifestar, porque de fato trabalhamos com produção e o nosso negócio é trabalhar e ganhar dinheiro”, finalizou. 

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