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Abigeato responde por 34% dos crimes no campo

Para combater violência nas zonas rurais, produtores de Goiás criaram programa de patrulha

Fonte: Polícia Civil do RS/divulgação

Os casos de abigeato  – furto de animais – representam 34% dos crimes no campo, aponta estudo do Observatório da Criminalidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para evitar a ação dos bandidos, o sindicato rural de Catalão (GO) criou o programa Patrulha Rural Georreferenciada. Cerca de 10 mil produtores rurais de 22 municípios cadastraram a localização de suas propriedades, via satélite, e aderiram a um grupo de WhatsApp, conexão direta entre quem está no campo e a polícia.

O sargento e comandante da patrulha, Edwilliam dos Santos, afirma que essa comunicação é fundamental. “O produtor faz a comunicação e a gente já recebe. A partir dali, agilizamos para tentar coibir e inibir que seja consumado qualquer crime”, diz.

Desde a implantação do programa há um ano, a ocorrência de roubos na zona rural diminuiu 60%, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Por conta do resultado, a expectativa é levar o programa para 60 municípios do estado até 2018.

Marcelo Nicolau, diretor do Sindicato Rural de Alexânia, explica que o primeiro passo para participar do programa é procurar o sindicato. “Aqui, nós vamos dar a melhor orientação, de como se filiar ao sindicato e também buscar o credenciamento dele junto à Patrulha Rural. É daqui que sairá a relação de produtores para que a Polícia Militar”, conta.

Violência que deixa marcas

Em 2017, homens armados invadiram uma propriedade em Alexânia (GO) e renderam o caseiro, mantendo-o como refém. O funcionário, que preferiu não ser identificado, trabalha no local há mais de dez anos e conta que estava encerrando o dia quando o crime aconteceu.

“Era depois das 17h, eu estava tratando das galinhas para entrar para casa. Fui abordado por dois homens armados, encapuzados, que chegaram dizendo que queriam levar o trator e queriam arma de fogo. Eles me amarraram e fizeram algumas perguntas. Chegaram perguntando das vacas e eu nem sabia que estavam roubando as vacas, mas o foco deles era o gado”, relembra o caseiro.

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