Uma missão veterinária do governo daquela país estará no Brasil na segunda quinzena de agosto para conhecer a produção e o abate. Em nota distribuída nesta quarta, dia 1º, a Abipecs diz que o Japão, maior mercado importador mundial de carne suína, com cerca de 1,2 milhão de toneladas anuais, já concluiu análise de risco sanitário, a etapa considerada mais “difícil”.
? Caso o processo seja realmente finalizado neste ano, os primeiros embarques acontecerão em 2012. É uma notícia muito boa, já que as negociações com o Japão duram cerca de três anos ? afirmou Camargo Neto.
Em relação a outros mercados, o executivo disse que a missão do Ministério da Agricultura à Coreia, há duas semanas, esclareceu dúvidas levantadas pela autoridade sanitária coreana, National Veterinary Research and Quarantine Service (NVQRS).
? O processo de abertura, infelizmente, estava paralisado, pois apesar de intensa troca de correspondência, as dúvidas não tinham sido sanadas. Com a missão, concluiu-se importante etapa para a abertura desse mercado, o quinto maior importador mundial, com cerca de 400 mil toneladas anuais ? disse Camargo Neto no comunicado.
Com relação ao Canadá, o presidente da Abipecs informou que as autoridades sanitárias ainda não enviaram o relatório oficial sobre a visita feita recentemente ao país. Já uma missão da União Europeia deverá vir ao Brasil em novembro deste ano para visitar algumas unidades frigoríficas.
Camargo Neto ainda comentou que o México, o terceiro maior importador mundial de carne suína, está mais resistente a abrir o mercado à carne brasileira.
? O país hoje importa basicamente dos Estados Unidos, cerca de 700 mil toneladas, devido à proximidade geográfica e ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Infelizmente, o México tem se recusado a iniciar negociações sanitárias com o Brasil, numa lamentável atitude para um país que se diz ‘amigo’ ? afirmou o executivo.
A Abipecs solicitou parecer jurídico sobre possível contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC), a ser encaminhado ao governo brasileiro.
? Avaliamos, porém, que no contexto atual, dificilmente o Brasil teria competitividade para deslocar os EUA daquele importante mercado ? comentou o presidente da associação.
O executivo ainda calcula que, com a abertura de Estados Unidos, Japão, Coreia, China e a retomada das exportações de unidades embargadas à Rússia, em três anos, as exportações de carne suína brasileira poderão dobrar de volume.