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Abipecs nega embargo da Rússia à carne suína brasileira

Agências de notícias internacionais divulgam, nesta quarta, que o país teria anunciado restrições a 10 frigoríficos de carne suína do BrasilO presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipes), Rui Vargas, negou a notícia de que a Rússia teria anunciado embargo à carne suína de 10 frigoríficos brasileiros, divulgada nesta quarta, dia 2, por agências internacionais.

– Nós vamos continuar informando para toda a população e todos os segmentos de que essa notícia não é verdade. É uma notícia truncada ou um mal entendido, que até nos leva a pensar em algo tendencioso – enfatizou Vargas em entrevista ao programa Mercado e Companhia, do Canal Rural.

Mais cedo, a agência EFE informou que o  Serviço de Inspeção Agrícola e Criação de Gado (SIAG) da Rússia teria comunicado que 10 frigoríficos do Brasil estariam proibidos de fornecer seus produtos para o mercado da União Aduaneira (UA), formada por Rússia, Belarus e Cazaquistão.

Segundo a EFE, que citou um comunicado do SIAG, a decisão teria sido tomada depois da inspeção realizada por veterinários russos em 18 empresas brasileiras, onde teria sido constatado “descumprimentos generalizados e alguns particulares” das normas sanitárias da UA na maioria delas. As inspeções teriam revelado a presença de ractopamina (uma substância para estimular o crescimento muscular dos animais proibida na Rússia) na carne vendida no Brasil.

 – Jamais houve qualquer violação, nem no ano passado, nem neste ano. Não houve constatação de resíduo em carne suína exportada. Essa notícia não nos diz nada real porque nem 10 estabelecimentos habilitados para a Rússia nós temos no momento – acrescentou o presidente da Abipecs.

Vargas esclarece que o assunto está sendo tratatado em nível de Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo ele, a Rússia acredita que deve haver, por parte das autoridades brasileiras, um número maior de análises para comprovar de forma mais eficaz a ausência de determinados tipos de resíduos na carne exportada.

– Isso não significa que existe o fato real, mas que existe essa possibilidade caso o número de análises não aumente – enfatiza.

Na semana passada, dia 25 de setembro, o Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) impôs restrição temporária à importação de carnes suína e bovina do Brasil, a partir de hoje. São dez frigoríficos com restrições, nove de carne bovina (seis da JBS, dois da Minerva e um da Marfrig) e apenas um de carne suína, o Pamplona (Riosulense), em Santa Catarina.

Andrade vê “desentendimento” quanto a embargo russo

Sobre as restrições às 10 unidades, o ministro da Agricultura, Antonio Andrade, avaliou que houve um “desentendimento”.

– Acreditávamos que tínhamos atendido todas as reivindicações da Rússia na época da última visita ao Brasil, em julho, tanto que continuamos exportando para o mercado.

Ele reiterou que agora são restrições temporárias e terão solução em breve. O ministro descartou que o episódio provoque desgastes à imagem da produção brasileira.

– Ao mesmo tempo, nós abrimos mercados extremamente exigentes, como o japonês – declarou.

– Esse descompasso [com a Rússia] vai ser frequente, mas esperamos que seja resolvido.

Andrade disse que o ministério brasileiro chegou a pedir a troca das unidades que foram suspensas por outras habilitadas. Segundo ele, as restrições não devem impactar negativamente o volume de carne exportada para a Rússia.

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