— O problema é que no documento não temos mais detalhes do que ocorreu. O comunicado informa que foram feitos exames microbiológicos, mas não especificaram o que foi encontrado e se foi encontrado algo — explicou Camargo Neto.
Ele comentou que, quando recebeu a notícia do embargo, pensou até que fosse por causa do aditivo ractopamina.
— Mesmo assim, seria estranho, porque não produzimos mais com o aditivo e o governo brasileiro já havia enviado as informações reafirmando a retirada do produto nos lotes exportados. Estive com o ministro e pedi a urgência do envio de uma missão veterinária, de preferência na semana que vem, para resolver o caso. E o ministro foi bem solícito — acrescentou o executivo.
Em 2012, a Ucrânia passou a Rússia como maior mercado da carne suína brasileira em volume, com participação de 23,85% (138,666 mil toneladas) ante fatia de 21,85% da Rússia (127,070 mil toneladas).
A Rússia, porém, liderou como principal destino, em termos de receita no ano passado, com uma representatividade de 24,56% e receita de US$ 367,123 milhões ante US$ 358,889 milhões da Ucrânia, porcentual de 24,01%. Em 2010 e 2011, a Ucrânia era o terceiro maior mercado da carne suína brasileira, em receita e em volume, mesmo com o embargo imposto pela Rússia em junho de 2011.
Pela movimentação de compras dos dois países, existe a desconfiança no mercado de que a Ucrânia esteja enviando a carne suína brasileira para a Rússia, o que justificaria a manutenção do embargo russo e o avanço da Ucrânia na participação de compras do produto brasileiro.