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ABPA e Abiec defendem setor de proteína animal, em que o Brasil é exemplo mundial

Entidades se posicionaram à favor da produção brasileira durante coletiva de imprensa na capital paulista

Fonte: Divulgação ABPA

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) enfatizaram os padrões sanitários da indústria de proteína animal – seja ela bovina, suína ou avícola – do Brasil, durante a coletiva conjunta de imprensa realizada nesta segunda-feira, dia 20, para esclarecer as generalizações decorrentes da operação da Polícia Federal (PF).

Segundo a ABPA e Abiec, os eventuais desvios de conduta nas fábricas nacionais representam uma fração mínima da produção brasileira de proteína animal, devendo ser repudiados e combatidos. Para as entidades, a luta pela excelência em qualidade é contínua e não se pode contaminar a imagem do setor em razão de exceções isoladas.

 “A comunicação da operação policial ensejou generalizações, que tanto o governo federal quanto as entidades do setor estão esclarecendo aos consumidores brasileiros e mercado internacional. Mas não fomos ontem (19) à Brasília protestar contra a PF e nem estamos hoje falando contra ninguém. Nossa preocupação é com mais de 6 milhões de trabalhadores brasileiros, que atuam nesta cadeia de produção de carnes bovina, suína e de aves. Estamos em uma missão patriótica, em defesa da indústria de proteína animal, que embarca anualmente 262 mil containers para 160 países, gerando uma receita que representa 15% do total das exportações brasileiras”, afirmou Francisco Sérgio Turra, presidente da ABPA.

De acordo com comunicado conjunto da ABPA e da Abiec, publicado nesta segunda-feira (20) nos principais jornais, é irresponsável colocar dúvidas sobre a qualidade da carne brasileira, tanto em âmbito nacional como mundial. “Estamos aqui, ABPA e Abiec, juntas, para solidificar aos consumidores do Brasil e países importadores a orientação que podem consumir com segurança sanitária as carnes produzidas em nosso país”, avaliou Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec.

Para Camardelli, há uma grande tarefa conjunta de ambas as entidades, frente – nas suas palavras – a “esta crise desnecessária”. O dirigente da entidade cujas empresas representam 91% das exportações brasileiras de carne bovina ressaltou que foi determinante a rápida atitude da Presidência da República e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para dirimir as implicações da operação policial para os mercados interno e externo de carnes brasileiras. “Governo federal, entidades do setor e indústria de proteína animal brasileira, juntos, vamos superar esta situação com a verdade e a transparência”, complementou Turra. 

Liderança

Atualmente, o Brasil é líder global em exportação de carne de frango, bovina e suína, exportando para países e regiões com elevado padrão de exigências como Estados Unidos, Japão e União Europeia, que regularmente fazem visitas de inspeção dos rígidos sistemas de produção da indústria de proteína animal brasileira. “As associações representativas da indústria de proteína seguirão firmes na defesa de um setor em que o Brasil é exemplo global. As carnes são fonte de proteína segura. As entidades garantem a confiabilidade perante o consumidor”, afirmaram em comunicado conjunto as entidades. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, até 2020, a produção nacional de carne bovina deve suprir 44,5% da demanda mundial, enquanto a carne de frango terá 48,1%, e a suína, 14,2%. “Nenhum outro setor nacional tem números como esses”, ressalta o comunicado.

Para os dirigentes, foram necessárias décadas para que o Brasil construísse sua reputação internacional como grande produtor e exportador de carne de frango, bovina e suína. “A abertura de mercados foi lenta, país a país, uma conquista de todos os brasileiros. Hoje, as empresas brasileiras detêm as melhores certificações internacionais de excelência”, disse Camardelli. “Eventuais restrições à importação de carne brasileira, além de representarem um retrocesso de muitos anos, impactarão a economia e resultarão em perda de empregos e renda. O setor de proteínas de frango, bovina e suína emprega mais de 7 milhões de pessoas e representa 15% das exportações brasileiras”, adicionou Turra.

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