Entretanto, reconhece ele, o aspecto negativo foi o desequilíbrio na competição, pois as demais empresas, sem acesso a financiamento de longo prazo, tiveram dificuldades para continuar operando, o que culminou na quebra de algumas delas.
Salazar descartou a prática de cartel no setor e diz que, no caso de uma eventual combinação de preços, o produtor tem mecanismos de defesa, como a migração para outras atividades, como a produção de grãos. Ele argumenta que o frigorífico jamais vai querer esmagar o pecuarista.
– Os frigoríficos querem que o criador receba preço bom e justo, que permita investir na retenção e aquisição de novas matrizes, para continuar produzindo.
Segundo CNA, setor deve valorizar mercado interno
Na ocasião, o presidente da Comissão Permanente de Pecuária de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, ressaltou ainda que o setor deve realizar campanhas de valorização do mercado interno, uma vez que as exportações respondem por apenas 15% da produção de carne bovina. O presidente da CNA destacou a criação de um conselho que reunirá representantes de todos os elos da cadeia da pecuária de corte para discutir assuntos como os gargalos, além da questão de preços, como a remuneração por qualidade da carcaça.