Segundo o gerente de Defesa Animal do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Jean Carlos Torres da Silva, o objetivo do governo é atingir a cobertura vacinal de, no mínimo, 90% em todos os municípios para pleitear junto ao Ministério da Agricultura uma importante mudança no calendário de vacinação.
Atualmente há duas campanhas por ano – maio e novembro -, ocasiões em que todos os animais são vacinados. Se alcançar o índice exigido, o Idaf vai pleitear ao Ministério da Agricultura que em 2012, na etapa do mês de maio, sejam vacinados apenas os animais abaixo de dois anos, enquanto na de novembro todos os animais seriam vacinados.
O Estado de Rondônia, que tem o mesmo status (livre de aftosa com vacinação) que o Acre, já conquistou esse benefício. Segundo Jean Carlos, se a mudança for efetivada em 2012, os criadores acrianos terão uma economia de R$ 2 milhões. Por esse motivo, o governo quer alcançar o índice de 90% de cobertura em todos os municípios e investe nos mais isolados, onde estão os índices mais baixos de cobertura.
O Acre tem cerca de 2,6 milhões de cabeças de gado, dos quais 75 mil estão no Vale do Juruá. O Estado alcançou em novembro o índice de cobertura de 96%, mas em Cruzeiro do Sul essa taxa ficou em 88%. Os agentes vacinadores vão atuar nos municípios isolados cujos índices de cobertura são os mais baixos. Eles foram contratados através de um fundo particular, o Fundepec. Vão atuar até 31 de maio, último dia da vacinação, devendo levar a vacina até os ribeirinhos.