Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Acrimat questiona levantamento sobre desmatamento da Amazônia

Estudo mostra que maior parte da área desmatada foi convertida para pecuáriaUm levantamento divulgado pelo governo federal através do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mostra que existem 720 mil quilômetros quadrados de florestas derrubados até 2008 pelos produtores rurais, sendo 62,1% de pasto.

? Mais uma vez o governo aponta o dedo para o produtor rural como o vilão da floresta e se esquece que quem dita as regras são eles ? questiona o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari.

De acordo com a associação, o levantamento não mostra qual foi o período do desmatamento dos 720 mil quilômetros quadrados no bioma.

? Afinal, é bom que não se esqueçam, de que até 2001 a lei federal permitia a abertura de 50% da área no bioma amazônico e que através de uma medida provisória, sem aviso prévio, mudaram a regra para 20%. Se não querem que o produtor exerça seus direitos, que lhe dê compensação ? ressalta Vacari.

Segundo Vacari outro ponto invisível no levantamento é quanto desse desmatamento é de origem ilegal.

? O governo federal é que deve identificar isso e não o produtor. Mas se o poder público não consegue nem identificar quem são os donos da terra, pela ineficiência do Incra, não é de se estranhar que não saibam da origem do desmate ? conclui.

O levantamento ressaltou que o tamanho da área desmatada é equivalente ao Uruguai. No momento a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou que é preciso aumentar a produtividade, e reforçou que menos de uma cabeça por hectare é algo inaceitável na Amazônia.

Vacari apresentou números para o esclarecimento das afirmações feitas pela ministra. Ele afirma que a área de pastagem no Brasil segundo dados do IBGE (Censo Agropecuário de 2006) é de 158,7 milhões, com 205,2 milhões de cabeças (IBGE ? 2009) e com uma taxa de ocupação de 1,29 de cabeça por hectare. Afirma também que no bioma amazônico a área de pastagem é de 30,3 milhões de hectares, com 43,9 milhões de cabeças de gado e uma taxa de lotação de 1,45 cabeças por hectare. Já o Uruguai tem um rebanho bovino de 12,49 milhões de cabeças e uma taxa de lotação de 0.97 cabeças por hectares.

? O governo federal precisa conhecer melhor seu país, pois dizer que a pecuária na Amazônia não é economicamente atraente é desconhecer os fatos. Afinal, como a população dessa região vive até hoje ? questiona Vacari.

Para ele, o que falta são políticas públicas para o setor produtivo, leis claras que garantam segurança jurídica, linhas de crédito compatíveis e pagamento ao produtor pela preservação ambiental. O superintendente da Acrimat acredita que para mudar a realidade das áreas degradadas e abandonadas existentes, o poder público tem que executar ações.

? Ações urgentes sob pena de desacelerar o crescimento, necessário, do setor produtivo. Essas noticias, sem um estudo mais profundo, só prejudicam a imagem do Brasil no mercado internacional ? afirma.

Sair da versão mobile