Segundo o presidente da Acrismat, Paulo César Lucion, os contratos de opção são uma alternativa para atenuar o risco de oscilação dos preços e garantir o abastecimento de milho, um dos principais insumos da ração animal.
– No ano passado, faltou grão e o preço da ração disparou, fazendo com que os produtores não suportassem o alto custo de produção. Por isso, entendemos que é uma providência de extrema importância para os nossos suinocultores que viveram grande crise em 2012 por conta dos altos preços dos grãos – pontuou.
A outra reivindicação da Acrismat é do projeto que trata do Preço Mínimo (PGPM).
– Essa já é um pedido histórico dos produtores. Em fevereiro juntamente com a ABCS entregamos um documento ao deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), relator do Projeto de Lei que cria o PGPM, e o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho onde este mesmo pleito já era cobrado em junho de 1959. Portanto, 54 anos se passaram e nada foi feito – relembrou Lucion.
De acordo com o secretário, Neri Geller, a questão do Preço Mínimo é bem delicada.
– Temos dificuldade de implementar garantias de Preço Mínimo para aquisição, por que aí temos que ter estrutura e a Conab não possuí essa estrutura hoje. Então é um pleito do setor que nós entendemos como justo e vamos discutir isso com bastante carinho, ver com a equipe técnica para gente discutir isso dentro do governo. Não posso afirmar categoricamente se nós vamos fazer ou não, mas a discussão vai ser levada a diante. Daremos a resposta sobre isso daqui uns dias – afirmou.
Participaram do encontro os presidentes da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro, da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, da Associação Mato-grossense do Produtores de Algodão (Ampa), Milton Garbúgio, da Associação dos Produtores de Sementes (Aprosmat), Carlos Augustin, da Associação dos Produtores de Leite (Aproleite), Guto Zanata, o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues e do superintendente do IMEA, Otávio Celidônio. Além destas lideranças, participaram também representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (Sedraf-MT), do Banco do Brasil, da Sicredi e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).