África do Sul reabre mercado para carne suína brasileira

Movimento deve influenciar positivamente o saldo das exportações já no curto prazoA Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou nesta terça, dia  4, em nota, que a África do Sul reabriu o seu mercado para a compra de carne suína brasileira após nove anos de embargo. Segundo a Associação, o mercado sul-africano barrou a entrada do produto em 2005, quando foram registrados focos de febre aftosa no Paraná e no Mato Grosso do Sul. 

Antes do fechamento, as exportações brasileiras de carne suína para o país africano totalizaram 18 mil toneladas no ano. Segundo o vice-presidente de suínos da ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas, o volume correspondeu a 2,9% do total de embarques em 2005, colocando a África do Sul como o quarto principal destino da proteína. 

Na avaliação do presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, a reabertura da África do Sul deverá influenciar positivamente o saldo das exportações da suinocultura brasileira já no curto prazo.

“Com este mercado, queremos expandir o fluxo de exportações de carne suína do Brasil, diminuindo a dependência dos embarques do setor para o Leste Europeu”, afirmou Turra, em nota. 

Exportações

De acordo com os números da ABPA, as exportações de carne suína in natura registraram redução de 2,7% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2013, alcançando 43,6 mil toneladas. Já em receita, houve elevação de 39,6%, atingindo US$ 183 milhões.

No acumulado do ano, os embarques do produto foram de 350,3 mil toneladas (-7%) e US$ 1,218 bilhão (16,5%).

O presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, informa que o fluxo de embarques para o Leste Europeu continua ditando o comportamento de mercado. Segundo ele, com a continuidade da demanda elevada, o preço internacional mantém-se alto, definindo uma receita cambial maior na comparação com o ano passado.