Com o objetivo de aproveitar o ciclo de alta, que começou em 2008 e deve se manter até o fim de 2012, creem os especialistas, pecuaristas passaram a mirar no aumento dos plantéis. A primeira medida foi deixar de abater as fêmeas. A segunda, que se intensificou em 2010 e deve se manter, é o investimento em tourinhos, cuja genética de alto nível ajuda a obter bezerros mais precoces, encurtando o ciclo produtivo, reduzindo custos e ampliando os lucros.
? O pecuarista está tendo uma boa rentabilidade e isso o estimula a investir ? diz o diretor-técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz.
Ele observa essa tendência há algum tempo. Trata-se, segundo ele, de um movimento importante, já que é a genética que possibilita o aumento da produção necessária para atender aos mercados interno e externo.
? O Brasil é um dos únicos, entre os grandes mercados de carne, com capacidade de aumentar sua produção. A genética está no centro disso ? afirma.
Para o consultor técnico da Scot Consultoria, Hiberville DAthaide Neto, a valorização desses animais tem se tornado mais popular à medida que o pecuarista se tecnifica e nota a mudança que o reprodutor traz já na primeira bezerrada.
Ele frisa que a valorização dos bezerros (hoje cotados em aproximadamente R$ 740, na média do Cepea/ Esalq-USP) automaticamente estimula o mercado de tourinhos, pois o criador vai em busca de reprodutores qualificados para gerar bezerros mais precoces e assim vender mais.