O movimento de alta começou no final de julho em algumas regiões, com os aumentos mais expressivos nos mercados independentes de São Paulo e de Minas Gerais. A oferta de animais com peso ideal para abate está restrita porque quando os preços do suíno vivo estavam em queda, produtores de São Paulo tiveram que vender quantidade maior de suínos para fazer caixa. Os animais que continuam nas granjas ainda estão leves, limitando o volume ofertado.
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Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a receita cambial aumentou 16,49%, passando de US$ 108,274 milhões para US$ 126,134 milhões na mesma base de comparação. O volume totalizou 40,437 mil toneladas, incremento de 14% ante as 44,243 mil toneladas embarcadas em julho de 2012.
O preço médio no período subiu 2,19%, para US$ 2.501 a tonelada. Os números consideram as exportações de carne suína in natura, industrializada, cortes e outros. Mesmo com um acumulado do ano em queda, o desempenho das vendas externas da proteína em julho animaram a entidade para o ano.
Os números de julho confirmam as previsões da Abipecs de que haverá recuperação dos volumes exportados neste segundo semestre, com o retorno das importações de carne suína pela Ucrânia, com o volume habitual expressivo para a Rússia e com os primeiros embarques para o Japão.
– Acompanharemos de perto os números em agosto para podermos chegar à meta definida para 2013 ou quase lá – afirmou o presidente da entidade, Rui Eduardo Saldanha Vargas, em nota.
A Abipecs espera volumes totais no ano de 600 mil toneladas, volume semelhante ao do ano passado.
– Os principais destinos de exportação da carne suína estão em equilíbrio e aguardamos a evolução gradativa do Japão até o fim do ano. O mercado da Coreia do Sul e a retomada da África do Sul passam a ser nossos alvos para fechar o ano com boas perspectivas em 2014 – completou o executivo.