– A pecuária é muito tradicional e está centrada no dono da fazenda. A aplicação de tecnologia chegou e temos que mudar este modelo para criar sociedade de cooperação desde antes da porteira. Mudar a cabeça das pessoas dentro da porteira e criar um novo relacionamento com o frigorífico. Isso é uma revolução, que tem que ser consumida nos próximos 10 anos. Quem não conseguir este processo vai lentamente sair da atividade – afirma.
Vila acredita que, diante dos atuais preços praticados no mercado internacional, dificilmente o setor registrará uma valorização expressiva em um futuro a médio prazo. Por isso, segundo ele, é importante focar no controle dos custos.
Já o consultor Marcelo Petersen Cypriano destaca a necessidade de o produtor também manter o foco no cenário macroeconômico do mundo. Para o também especialista Luciano Roppa, o cenário internacional reserva boas oportunidades para a carne brasileira. Segundo ele, a ampliação do Canal do Panamá deve reduzir os custos logísticos e ampliar a competitividade dos pecuaristas do Brasil.
A demora na votação do novo texto do Código Florestal também foi lembrada no primeiro dia do Circuito Feicorte. A principal reclamação é para a insegurança jurídica no campo. Francisco Vila reconhece que as questões ambientais são cada vez mais importantes para a conquista de novos mercados, mas ele acredita que o atraso na implantação de uma nova legislação ambiental no Brasil, não deve gerar impactos negativos para o país.