– A Argentina importa carne suína também do Chile e algo da União Europeia. Portanto, o impacto não seria muito grande -, disse Tonelli.
No entanto, ele avalia que a indústria argentina poderia chegar a ter problemas se a medida brasileira for acompanhada pelos demais exportadores. O analista pondera que é prematuro avaliar com profundidade o impacto real de uma paralisação das exportações brasileiras.
– Temos que ver se é uma medida preventiva do Brasil ou permanente – avalia.
Tonelli explicou que a Argentina só importa carne suína para produzir embutidos, cujo consumo per capita é de entre três e quatro quilos por ano.Já o mercado de carne fresca no país é abastecido pela produção doméstica. Segundo ele, o consumo per capita anual de carne suína fresca é de 7,5 quilos.
Os exportadores brasileiros interromperam nesta quinta, dia 26, os embarques de carne suína para a Argentina devido à suspensão das licenças automáticas de importação e ao aumento da burocracia, como apresentação de declaração juramentada junto à Receita Federal e envio de e-mail à Secretaria de Comércio Exterior com pedido de liberação para cada operação de compra.