– A fome do gado eu nem tenho a esperança de matar. Mas se não tratasse, tinha morrido tudo – lamenta Machado.
Com as reservas de pasto nativo totalmente esgotadas, o pecuarista recorreu a rações a base de milho, feno, farelo de soja e de aveia. Calcula ter gasto mais de R$ 3 mil.
– Eu ia comprando aos poucos, porque tinha a esperança de que se chovesse a coisa iria melhorar – conta.
Os prejuízos com a seca se aproximam dos R$ 140 milhões em Joia. Só com a soja, principal cultura do município, foram R$ 77 milhões.
– A previsão era colher uma média de 47 sacas por hectare. No último balanço que fizemos, a conta fechou em 7,5 sacas – afirma Marcos Bremm, técnico agrícola da prefeitura.
Tamanho da redução de produtividade no Rio Grande do Sul:
– Soja: 43% a menos que a previsão inicial
– Milho: 42,57% a menos que a previsão inicial
– Feijão (1ª safra): 14,82% a menos que a previsão inicial
– Arroz: 9,51 a menos que a previsão inicial