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Ano de 2013 começa com denúncia e termina positivo para a cadeia da carne

Pecuaristas tiveram ganhos reais no último ano, com lucros entre R$ 50 e R$ 150 por cabeçaO ano de 2013 iniciou com uma denúncia que deixou os consumidores em alerta: 30% dos abates no Brasil são clandestinos, não passam por nenhum tipo de inspeção, sem controle. Mas o que piora a situação são os abates oficializados, que só cumprem as exigências no papel, com a garantia dos selos de inspeção municipal e estadual. As imagens cedidas pela organização não-governamental Amigos da Terra impressionaram pela falta total de higiene e o alto risco de contaminação da carne que chega até o con

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– Nós temos três tipos de inspeção no país: a inspeção federal, a estadual, e a municipal. A inspeção federal funciona bem. O problema está nas inspeções estaduais e principalmente nas municipais. São abates organizados sob a responsabilidade dos estados e municípios, mas não existe a fiscalização e aí caracteriza a clandestinidade oficial – afirma o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar.

– Passa por uma mudança de cultura, passa por uma necessidade de uma discussão interna de responsabilidade. Muitas vezes não adianta o Mapa [Ministério da Agricultura] delegar atividade para os Estados. O desafio é nós mudarmos essa visão simplória da responsabilidade profissional – diz Antônio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Na parte econômica de mercado, a cadeia da carne não tem do que se queixar, pois foi um ano positivo, com ganhos reais para o pecuarista. O confinamento em 2013 se mostrou viável economicamente, com rentabilidade variada, dependendo de vários fatores, principalmente gestão. O lucro ficou entre R$ 50 e R$ 150 por cabeça. A projeção de futuro é de crescimento contínuo do número de animais confinados no brasil.

– A maioria dos confinamentos hoje no Brasil são pequenos e médios. A gente percebe que esses confinamentos crescem todo ano. Daqui a 10, 15 anos, podemos ter um volume em torno de 10 milhões de animais confinados no Brasil – afirma Bruno Andrade, gerente executivo da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon).

No segundo semestre, o volume de animais confinados foi menor e ajudou a pressionar os preços para cima. A alta do boi gordo foi determinada pelo consumo. Os consumidores deram conta de absorver a produção e manter a atividade lucrativa.

– Acho que está havendo uma recuperação de preço firme. E a gente espera até uma maior firmeza, se nós compararmos com o pico de preço de 2010 que foi próximo de R$ 125 reais por arroba – diz o consultor da Agroeconômica Ari Lacôrte.

E, de fato, foi o que ocorreu. Nas exportações, o crescimento em volume foi de 20%. Um faturamento que chegou perto dos 6,5 bilhões de dólares, beneficiando toda a cadeia produtiva. O mercado consistente é fora do Brasil, porque o país vem fazendo o dever de casa e ampliando as áreas livres de febre aftosa. Internamente, Amazonas, Amapá e Roraima não são  reconhecidos ainda como livres da febre aftosa com vacinação. O Ministério da Agricultura quer conquistar o reconhecimento em todo país até 2015.

– Nós estamos direcionando toda nossa atenção com intuito de fortalecer o serviço veterinário nesses três Estados. Para que, no próximo ano, nós possamos incluí-los no status de livre de aftosa com vacinação, desde que o serviço estadual atenda às recomendações do Ministério da Agricultura – afirma Guilherme Marques, diretor de saúde animal do Ministério da Agricultura.

O ano de 2013 marcou o histórico de preços na produção de carne, a recuperação da renda, das exportações e uma certa estabilidade nos custos. O abate de matrizes é que se manteve crescente, e isso nos últimos três anos, mas pode estar fechando um ciclo. Os especialistas apontam que em 2014 deve começar a retenção de matrizes para recomposição da cadeia produtiva até a Copa do Mundo, o que pode ajudar no aumento de consumo da carne bovina no Brasil.

Em ano de Copa do Mundo, mesmo quando é lá no Japão, o consumo aumenta. Imagina com a Copa do Mundo aqui no Brasil. Então, acreditamos no aumento do consumo de carne em função da Copa, das eleições, mais turismo. E tem o dólar. A expectativa dos especialistas é de que ele vai continuar subindo – afirma o analista de mercado da Scot Consultoria Alcides Torres.

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