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Anúncio de investimento surge como promessa de recuperação para o setor leiteiro do RS

Projeto da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. começa em meio a cenário difícil para produtoresO mercado do leite vive momentos distintos na Expointer 2008. Ao mesmo tempo em que os produtores reclamam do preço, o anúncio de investimentos aparece como uma promessa de recuperação para o setor.

Um acordo milionário, o projeto da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) prevê a ampliação de uma indústria de laticínios que só vai ser inaugurada em outubro. O Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE) deve financiar a maior parte do investimento de R$ 129 milhões. Quando as operações estiverem concluídas, em 2011, a unidade poderá receber R$ 2,7 milhões de litros de leite por dia.

? Nós necessitamos de indústrias de larga escala que tenham capacidade de grande absorção de produto, capacidade de retirar produto, enxugar a oferta de mercado e poder inclusive escoar esse produto para exportação ? explicou Caio Viana, presidente da CCGL.

A cooperativa calcula que o empreendimento vai beneficiar mais de 600 mil pessoas, a maioria pequenos e médios produtores rurais. E eles são os que mais reclamam da atual situação do mercado.

É o caso do produtor rural Itamar Tang. Ele tem 84 vacas de leite na Serra gaúcha e está preocupado com a queda no preço pago ao produtor. Em média, é R$ 0,54 o litro.

? Hoje eu recebo mais de R$ 0,20 a menos por litro de leite do que no ano passado e o insumo agrícola dobrou de preço. Foi anunciado que haveria várias indústrias querendo mais leite. O produto veio e as indústrias não estão absorvendo. Então está complicado para o produtor ? justifica. 

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) orienta os produtores a manter a dieta alimentar dos animais, apesar do custo dos insumos.

? O animal, para produzir de forma estável, tem que receber uma alimentação adequada. Então, o produtor não pode retirar os sais minerais, porque o prejuízo vai ocorrer daqui a 12 meses, e não tem muita alternativa neste momento porque está preparado para produzir e retirar dos animais o alimento ? diz Amauri Miotto, diretor da entidade.

De acordo com ele, se a situação perdurar por seis meses obrigará produtores a deixar a atividade.

? Ele [o produtor] vai ter que se desfazer dos animais e até de parte da propriedade para saldar um endividamento que ele construiu para chegar a este ponto ? concluiu.

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