Segundo a Anvisa, estudos feitos em laboratório detectaram que a cihexatina pode causar malformações fetais, além de aborto, danos à pele, pulmões, visão, fígado, rins e ao sistema reprodutivo. A quantidade de doses para que esses efeitos ocorram demonstraram que a substância não é segura para os trabalhadores rurais nem para os consumidores dos alimentos.
? É importante que todos se manifestem, produtores rurais, empresas e a sociedade como um todo, para sabermos a opinião da população sobre o banimento ? afirmou a gerente de Normatização e Avaliação da Anvisa, Letícia Rodrigues, ao comentar a necessidade da consulta pública, aberta por um período de 30 dias.
Após esta etapa, a agência terá até 120 dias para consolidar os dados e encaminhá-los ao Ministério da Agricultura, que executará o cancelamento do registro. Letícia, entretanto, disse que a expectativa é que o trabalho da Anvisa seja feito em bem menos tempo.
Desde 2001, quando começaram as reavaliações, já foram banidos cinco princípios ativos (monocrotofós, heptacloro, lindane, pentaclorofenol e benomil), responsáveis pela fabricação de mais de 80 agrotóxicos. As marcas comerciais dos sete agrotóxicos que contêm a cihexatina, são: Cyhexatin Técnico Oxon, Acarstin, Cyhexatin Técnico Quiminas, Acarmate, Sipcatin 500, Hokko Cyhexatin 500, Cyhexatin Técnico Chemia.