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Apex-Brasil irá investir quase R$ 2 milhões no estímulo às exportações de produtos lácteos

Em um primeiro momento, 11 empresas e cooperativas foram selecionadasEstima-se que um milhão de agricultores familiares se dedique à produção de leite no país. A atividade ganha cada vez mais contorno profissional: a produtividade média diária, que há 10 anos que era de cinco litros por animal, saltou para 15 litros.

– O leite é um dos principais produtos de renda da agricultura familiar. É uma renda regular. Todo mês, você tem a renda obtida com a produção de leite e o Brasil está com uma produção crescendo. Nós estamos agora conseguindo chegar perto de abastecer o mercado interno e no futuro, nós vamos precisar exportar – explica o diretor de Geração de Renda do Ministério do

A exportação de produtos lácteos brasileiros ainda é tímida, equivalendo a apenas 1% dos 30 bilhões de litros de leite produzidos por ano no país. Entretanto, essa situação deve mudar em pouco tempo.

Como o crescimento da produção de leite no país tem aumentado justamente entre os agricultores familiares, o Ministério do Desenvolvimento Agrário pediu à Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), um projeto para fomentar as vendas externas de produtos como leite em pó e iogurte.

A Apex vai investir no prazo de dois anos quase R$ 2 milhões no estímulo às exportações de produtos brasileiros como o leite em pó, leite condensado, creme de leite, iogurte e queijos finos. O público-alvo é composto por oito países. A organização das cooperativas brasileiras também participa da parceria. Em um primeiro momento, 11 empresas e cooperativas foram selecionadas. Entre elas, está a Agropecuária Piá, no Rio Grande do Sul, que tem 2450 produtores de leite, sendo 95% agricultores familiares. 

– Precisamos nos preparar para essa oportunidade. No momento em que isso for possível, temos que estar preparados para sermos competitivos e competentes na área cambial, na área de custos, na área de rastreabilidade, na área de qualidade do leite para podermos, realmente, competir com os países que hoje exportam muito e também muito mais que o Brasil – diz o presidente da Cooperativa Piá, Gilberto Kny.

Às empresas ou cooperativas, caberá uma contrapartida de 15% do investido.

– A primeira parcela vem, agora, em novembro para começar a executar as ações do projeto. As primeiras ações vão ser de estruturação. Ou seja, criar uma identidade para os lácteos brasileiros – diz o analista da OCB Gustavo Beduschi.

– A gente tem que criar primeiramente uma imagem favorável desse setor junto aos possíveis importadores e consumidores internacionais. E essa imagem favorável pode ser criada com diferentes instrumentos de divulgação das empresas e dos produtos brasileiros. Nós vamos fazer um trabalho de branding setorial para criar uma imagem divulgando as características mais importantes, mais favoráveis desse segmento. Vamos criar um site para a divulgação das empresas e dos produtos brasileiros no Exterior – conta o gestor de projetos da Apex-Brasil, Marcos Soares.

Oito países com tradição importadora são o alvo: Angola, Argélia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes, China, Venezuela e Iraque. 

– Queremos trazer as empresas desses países e fazer com que eles conheçam as nossas cooperativas, conheçam a nossa produção, a qualidade do nosso produto para que a gente possa convencê-los aos poucos a comprar o nosso produto – defende Arnoldo Campos.

– A ideia é que, ao longo da execução de dois anos do projeto, novas empresas venham participar desse trabalho de promoção de produtos lácteos – conclui Marcos Soares.

O projeto é aberto para empresas e cooperativas de qualquer tamanho e também prevê a participação em feiras internacionais e a oferta de produtos lácteos brasileiros para degustação em grandes redes de supermercado.

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