Teixeira explicou que a participação da Apex é concentrada em dois grandes eventos: a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) e a própria Expointer. Mas ressaltou que essa presença se limitava ao envio de representantes da organização. Como ocorre pela primeira vez na exposição de Esteio, a intenção é instalar estandes para estimular a realização de negócios.
? Dada a elevação do número de negócios, tanto na Agrishow quanto na Expointer, nós decidimos, neste ano, iniciar uma participação mais institucional. Trazer todos os projetos que temos para o setor agroindustrial brasileiro, conhecer o potencial de desenvolvimento do setor e acompanhado de delegações internacionais.
Para Alessandro Teixeira, a maior presença institucional da Apex vai estimular os produtores a conhecerem e se inserirem nos projetos da agência. É também uma oportunidade para a apresentação de iniciativas que acredita serem ainda pouco conhecidas.
? O Brasil exporta sêmem de zebu, da melhor qualidade. Tanto para reprodução, quanto para pecuária de corte. Este é um dos projetos que está conosco e que, tradicionalmente, não expomos de modo tão forte nos eventos ? exemplificou.
Na Expointer, o trabalho da Apex está concentrado nos setores vinícola e ervateiro, informou Alessandro Teixeira. Segundo ele, as exportações de vinhos brasileiros, por exemplo, cresceu dez vezes desde 2007. Ele credita os resultados a um trabalho conjunto da própria Agência de Promoção das Exportações com os produtores.
No caso das ervas, uma alternativa para estimular as exportações, segundo Teixeira, é o chamado chá verde, presente em diversas linhas de produtos. Outra seria a erva mate, que tem sido objeto de pesquisas em universidades do sul do país, como informou o presidente da Apex.
? Não só para beber, mas como para a utilização em remédios e cosméticos. É extremamente positivo. Precisamos trabalhar com o setor privado.
Presença estrangeira
O presidente da Apex destacou também a presença estrangeira na Expointer. Segundo Alessandro Teixeira, há delegações de pelo menos oito países, entre latino-americanos e europeus. Outro setor que recebe atenção especial é o de máquinas e implementos para a agricultura.
? O Brasil é um grande produtor de implementes agrícolas e esperamos que, com esses jornalistas, com esses representantes estrangeiros, consigamos mostrar a pujança do Rio Grande do Sul e do Brasil como um todo.
Alessandro Teixeira informou que a expectativa é gerar cerca de R$ 200 milhões, montante que considera expressivo para a feira.
Por outro lado, o presidente da Agência de Promoção das Exportações afirmou que a presença de brasileiros no Exterior também é forte. No setor do agronegócio, são cerca de 30 a 40 feiras internacionais com participação do Brasil, em média.
? Expomos não só a marca de qualidade do produto do agronegócio brasileiro, como também as empresas que estão ampliando a participação ? disse Alessandro Teixeira.
Teixeira ressaltou que, pelas dificuldades de comercialização no Exterior, a instituição não trabalha na promoção de negócios com commodities, como milho e soja. E destacou, entre as ações mais recentes, a de divulgação e de construção da imagem do etanol brasileiro no mercado externo.