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Apex quer aumentar participação institucional em grandes eventos do agronegócio brasileiro

Pela primeira vez na Expointer, em Esteio (RS), órgão monta estande para apresentar projetosO presidente da Agência Brasileira de Promoção das Exportações (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira, afirmou nesta terça, dia 2, que o órgão pretende aumentar a presença institucional nas principais feiras e eventos do agronegócio no país. Ele foi entrevistado no programa Agrocapitais direto de Esteio (RS), onde é realizada a Expointer.

Teixeira explicou que a participação da Apex é concentrada em dois grandes eventos: a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) e a própria Expointer. Mas ressaltou que essa presença se limitava ao envio de representantes da organização. Como ocorre pela primeira vez na exposição de Esteio, a intenção é instalar estandes para estimular a realização de negócios.

? Dada a elevação do número de negócios, tanto na Agrishow quanto na Expointer, nós decidimos, neste ano, iniciar uma participação mais institucional. Trazer todos os projetos que temos para o setor agroindustrial brasileiro, conhecer o potencial de desenvolvimento do setor e acompanhado de delegações internacionais.

Para Alessandro Teixeira, a maior presença institucional da Apex vai estimular os produtores a conhecerem e se inserirem nos projetos da agência. É também uma oportunidade para a apresentação de iniciativas que acredita serem ainda pouco conhecidas.

? O Brasil exporta sêmem de zebu, da melhor qualidade. Tanto para reprodução, quanto para pecuária de corte. Este é um dos projetos que está conosco e que, tradicionalmente, não expomos de modo tão forte nos eventos ? exemplificou.

Na Expointer, o trabalho da Apex está concentrado nos setores vinícola e ervateiro, informou Alessandro Teixeira. Segundo ele, as exportações de vinhos brasileiros, por exemplo, cresceu dez vezes desde 2007. Ele credita os resultados a um trabalho conjunto da própria Agência de Promoção das Exportações com os produtores.

No caso das ervas, uma alternativa para estimular as exportações, segundo Teixeira, é o chamado chá verde, presente em diversas linhas de produtos. Outra seria a erva mate, que tem sido objeto de pesquisas em universidades do sul do país, como informou o presidente da Apex.

? Não só para beber, mas como para a utilização em remédios e cosméticos. É extremamente positivo. Precisamos trabalhar com o setor privado.

Presença estrangeira

O presidente da Apex destacou também a presença estrangeira na Expointer. Segundo Alessandro Teixeira, há delegações de pelo menos oito países, entre latino-americanos e europeus. Outro setor que recebe atenção especial é o de máquinas e implementos para a agricultura.

? O Brasil é um grande produtor de implementes agrícolas e esperamos que, com esses jornalistas, com esses representantes estrangeiros, consigamos mostrar a pujança do Rio Grande do Sul e do Brasil como um todo.

Alessandro Teixeira informou que a expectativa é gerar cerca de R$ 200 milhões, montante que considera expressivo para a feira.

Por outro lado, o presidente da Agência de Promoção das Exportações afirmou que a presença de brasileiros no Exterior também é forte. No setor do agronegócio, são cerca de 30 a 40 feiras internacionais com participação do Brasil, em média.

? Expomos não só a marca de qualidade do produto do agronegócio brasileiro, como também as empresas que estão ampliando a participação ? disse Alessandro Teixeira.

Teixeira ressaltou que, pelas dificuldades de comercialização no Exterior, a instituição não trabalha na promoção de negócios com commodities, como milho e soja. E destacou, entre as ações mais recentes, a de divulgação e de construção da imagem do etanol brasileiro no mercado externo.

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