– Até agora já colhemos bastante, desde o início deste ano até o mês de maio. Tivemos uma interferência por causa do inverno, mas podemos esperar bastante mel até dezembro – explica Evald Gossler, apicultor.
Gossler é apaixonado pela cultura. Tem 27 espécies na propriedade e está apostando forte nas melíponas, que são as abelhas sem ferrão. O quilo do mel pode variar de R$ 80 a R$ 100, contra R$ 10 reais do quilo da espécie apis, a mais comum e que tem ferrão. Segundo o produtor, o mel mais fino e mais gostoso valoriza a qualidade do produto.
– É um mel bem mais vitaminado e, portanto, é um mel mais fino – esclarece o apicultor.
As abelhas melíponas não representam risco ao produtor na hora da retirada do mel. É possível ficar exposto ao enxame sem correr o risco de ser picado.
Para o produtor que deseja investir nas abelhas meliponas é preciso fazer um investimento inicial de R$ 80 a R$ 500 reais por caixa, segundo Juliano Galina, técnico agrícola da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
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– O produtor inicialmente tem esse gasto aí com o enxame, mas depois a abelha trabalhar para ele. O que eu indicaria para os produtores que estão iniciando é fazer uma capacitação, fazer um curso – conta Galina.
O preço do quilo do mel vai variar de acordo com a espécie escolhida. Uma colméia pode produzir até quatro quilos cada.
– As abelhas mais procuradas atualmente no mercado, pelos meliponicultores, são a mandaçaia, a guará e a uruçú que são as espécies que produzem uma qualidade de mel razoável e são espécies mais dóceis também – explica o técnico.
Algumas crenças populares dizem até que o mel das melíponas possui ação antibacteriana e também é muito usado em remédios para a gripe.
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