A entrada da segunda quinzena do mês, quando normalmente o poder de compra do consumidor diminui, colaborou para a queda de preços no mercado atacadista de carne sem osso. Após duas semanas de alta, a queda foi de 1,2% na média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria. A queda foi puxada principalmente pelos cortes do traseiro, mais “caros” em relação aos cortes de dianteiro.
Estes cortes tiveram queda 1,3%, em média, frente a redução de 0,9% para os cortes de dianteiro. Com o recuo nos preços a margem das indústrias (diferença entre o preço pago pela arroba e a venda da carne sem osso) ficou em 28,9%, recuo de 0,7 ponto percentual.
Entretanto, quando comparada à média histórica, este valor é 9,0 pontos percentuais acima, o que mostra que apesar das dificuldades de escoamento, os frigoríficos estão em melhor situação que em igual período do ano passado, quando essa margem estava em 14,5%.
Em curto prazo, novas quedas não são descartadas já que a segunda quinzena do mês não traz expectativas de melhora no consumo. Com a proximidade do final da safra ocorreu uma melhora na oferta de animais terminados, o que pode resultar em aumento nos estoques.