Apreensão de alimentos ilegais no litoral gaúcho cresce 381%

Secretaria recolheu 26,4 toneladas de produtos em um mês de fiscalizaçãoTécnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) do Rio Grande do Sul já recolheram 26,4 toneladas de ovos, leite, carne e derivados no primeiro mês de fiscalização no litoral gaúcho. Em 75 dias do verão passado, foram interceptadas 5,47 toneladas irregulares dos mesmos produtos de origem animal.

Em apenas um mês, houve aumento de 381% na apreensão de produtos de origem animal inadequados ao consumo na região, em comparação com todo o último período de veraneio. A Operação Verão Legal RS 2009 realizou fiscalização em 124 barreiras, com a abordagem de 2.104 veículos, durante 30 dias, no litoral norte e sul do Estado.

No verão passado, em 75 dias, foram interceptadas 5,47 toneladas irregulares dos mesmos produtos de origem animal.

? A situação é muito preocupante, pois a tendência de queda nas apreensões se reverteu este ano, com um surpreendente crescimento nos problemas detectados ? avalia o médico veterinário Rodrigo Nestor Etges, do Serviço de Fiscalização e Controle de Trânsito do Departamento de Produção Animal (DPA) da Seappa.

Se a atual tendência prosseguir, o total de apreensões deve chegar a 50 toneladas no atual veraneio – alcançando um número oito vezes superior ao mesmo período do ano passado.

O considerável aumento de quase quatro vezes no trânsito ilegal de produtos de origem animal deve servir de alerta os veranistas. Segundo Etges, o consumidor deve observar a procedência da carne que for adquirir, especialmente em açougues.

? Em caso de dúvida, as pessoas devem perguntar sobre a origem da carne e pedir alguma comprovação, como carimbo de inspeção sanitária em algum dos cortes à venda ou mesmo a nota fiscal do produto ? recomenda o veterinário.

? A compra de cortes embalados com a devida origem da carne, encontrados principalmente em supermercados, é a melhor escolha.

Segundo ele, as principais causas das apreensões são a falta de comprovação da origem da carne e o transporte inadequado dos produtos, sobretudo com temperaturas acima do exigido por lei (7° C).