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Apresentado primeiro chip brasileiro para rastrear bovinos

Sistema desenvolvido pelo Ceitec é o único projetado no BrasilEspetado na orelha de um pacato bovino, por duas horas assustado com os flashes da imprensa, foi exibido nesta terça, dia 24, em Porto Alegre (RS), o resultado do primeiro projeto totalmente criado no Centro de Excelência em Tecnologia Avançada (Ceitec).

O brinco do boi, equipado com um chip que automatiza o processo de rastreabilidade do animal, também é o primeiro produto do tipo projetado no Brasil e foi desenvolvido com recursos do governo federal.

? Mostramos que temos capacidade, no país, de criar capacitação tecnológica ? disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), local da apresentação.

Financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o projeto recebeu R$ 18 milhões. Projetar um chip custa bem menos do que isso: a verba serviu também para comprar equipamentos da fábrica de circuitos integrados do Ceitec, que deve começar a funcionar no final de 2009. No total, o projeto iniciado com a doação de máquinas pela Motorola ao governo gaúcho em 2000 custará R$ 250 milhões.

A perspectiva de atuar em um mercado formado por 200 milhões de cabeças de gado anima a gerente do centro de design, Edelweis Ritt. A a rastreabilidade animal é exigência de importadores de carne brasileira.

Protótipos foram produzidos por alemães

O Ceitec já participou de dois projetos para as gaúchas Altus e Innalogics. Mas o chip do boi é o primeiro criado do início ao fim pela equipe. Em fevereiro, o projeto foi enviado para a XFab, empresa alemã que fabricou os protótipos. Desde agosto, o brinco estava em testes.

Agora, o Ceitec tentará vender o produto: caso haja encomendas, o brinco será produzido no Exterior enquanto a fábrica não entra em operação. Apesar de a planta ter capacidade prevista para atender à demanda, o ministro ressaltou que a estratégia do Ceitec é “produzir propriedade intelectual”.

? Não vamos produzir equipamentos simples, mas firmar a indústria de microeletrônica ? aposta Rezende.

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