A expectativa do ministro Mendes Ribeiro era que a liberação das importações e a definição das cotas fossem acertadas na quinta, dia 19, na reunião do embaixador brasileiro Enio Cordeiro com o ministro argentino Norberto Yauhar. O secretário Guillemo Moreno, que deveria estar presente ao encontro, não compareceu à reunião, alegando problemas de agenda.
O ministro ressaltou que a questão da carne suína brasileira envolvia uma contrapartida brasileira de liberar a entrada de camarões e pescados argentinos no mercado brasileiro. Porém, a entrada desses produtos precisa da autorização do Ministério de Pesca. O governo brasileiro também pretende colocar na negociação o escalonamento das importações de arroz argentino.
O setor privado brasileiro aguarda o desenrolar das negociações e estranha que o governo argentino tenha que discutir cotas com os empresários locais, pois a reabertura do mercado depende apenas da retirada das restrições por parte das autoridades, com o retorno das licenças automáticas de importação, sem o rito burocrático estabelecido por Guillemo Moreno.
Com as restrições impostas pelos argentinos a partir de 1º de fevereiro as vendas de carne suína para aquele mercado caíram de 4.318 toneladas em janeiro para 450 toneladas no mês seguinte e 526 toneladas no mês passado. No acumulado do primeiro trimestre foram exportadas 5.294 toneladas, volume 46,9% inferior a igual período do ano passado (9.970 toneladas).