Argentina deve decidir cota de importação de suínos na próxima semana

Cota deve ser de três mil toneladas mensaisO secretário de Comércio Interior, Guillemo Moreno, convocou uma reunião com os frigoríficos argentinos para o próximo dia 27, quando pretende acertar detalhes sobre a cota de importação de carne suína brasileira para abastecer o mercado doméstico. Pelo acordo firmado entre o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e seu colega argentino, Norberto Yauhar, a cota deve ser de três mil toneladas mensais.

A expectativa do ministro Mendes Ribeiro era que a liberação das importações e a definição das cotas fossem acertadas na quinta, dia 19, na reunião do embaixador brasileiro Enio Cordeiro com o ministro argentino Norberto Yauhar. O secretário Guillemo Moreno, que deveria estar presente ao encontro, não compareceu à reunião, alegando problemas de agenda.

O ministro ressaltou que a questão da carne suína brasileira envolvia uma contrapartida brasileira de liberar a entrada de camarões e pescados argentinos no mercado brasileiro. Porém, a entrada desses produtos precisa da autorização do Ministério de Pesca. O governo brasileiro também pretende colocar na negociação o escalonamento das importações de arroz argentino.

O setor privado brasileiro aguarda o desenrolar das negociações e estranha que o governo argentino tenha que discutir cotas com os empresários locais, pois a reabertura do mercado depende apenas da retirada das restrições por parte das autoridades, com o retorno das licenças automáticas de importação, sem o rito burocrático estabelecido por Guillemo Moreno.

Com as restrições impostas pelos argentinos a partir de 1º de fevereiro as vendas de carne suína para aquele mercado caíram de 4.318 toneladas em janeiro para 450 toneladas no mês seguinte e 526 toneladas no mês passado. No acumulado do primeiro trimestre foram exportadas 5.294 toneladas, volume 46,9% inferior a igual período do ano passado (9.970 toneladas).