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Argentina troca importação de suínos do Brasil por produção local

Aumento da produção interna pode tornar os argentinos autossuficientes em carne suína em até três anosAs barreiras criadas pelo governo argentino contra as importações de carne suína estimularam a produção interna e o Brasil está perdendo cada vez mais mercado no país vizinho. Fontes ouvidas pela Agência Estado disseram que, dificilmente, os exportadores brasileiros voltarão a embarcar para a Argentina o volume mensal de 3 a 4 mil toneladas de suínos, registrado até o fim de 2011. O aumento da produção interna pode tornar os argentinos autossuficientes em carne suína em até três anos.

Para conter a saída de divisas com a importação, em fevereiro de 2012, o governo de Cristina Kirchner adotou o mecanismo de Declarações Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAI), uma espécie de licenças generalizadas de importações. Por meio desse instrumento, a empresa só pode importar valor equivalente ao que exporta.

A exportação, no entanto, não é uma característica do setor de suínos argentino e a indústria se viu obrigada a consumir e produzir internamente. Nos primeiros sete meses deste ano, a produção de carne suína argentina aumentou 22,3%, totalizando 230 mil toneladas, segundo levantamento da consultoria Investigações Econômicas Setoriais (IES). A importação gira em torno de 800 a 1.000 toneladas por mês.

No ano passado, as importações caíram 44% em valor, a US$ 89,9 milhões, e 45,9% em volume, a 24,7 mil de toneladas. Nos primeiros sete meses de 2013, comparados com o mesmo intervalo de 2012, houve uma flexibilização das barreiras e as importações aumentaram 9,9% em receita, a US$ 39,9 milhões, e 8,3% em volume, a 11,2 mil toneladas, conforme levantamento da consultoria.

– Apesar desse aumento, não creio que a Argentina voltaria à situação importadora anterior às barreiras porque há muitos investimentos na produção com créditos brandos por parte do governo – opinou Martín Gyldenfeldt, presidente da câmara de indústrias. Segundo ele, a indústria “ainda precisa importar alguns tipos de corte, como pernil, paleta, toucinho, bondiola, bacon, porque o aumento verificado até o momento não tem capacidade para atender à demanda da indústria”. Ele também reclamou que “são poucos os que podem importar, o que provoca desigualdade de condições de concorrência”.

O estudo do IES mostrou, ainda, que o consumo argentino de carne suína cresceu 20% entre janeiro e julho. Também houve aumento no consumo per capita, que passou de 8,2 quilos a 10 quilos por habitante. O volume é bem distante do consumo per capita anual de carne bovina, de 63,4 quilos por habitante, ou de frango, que se encontra em 38,8 quilos/habitante, mas tem potencial de crescimento. 

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Agência Estado
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