– Os frigoríficos têm trabalhado com escalas reduzidas, já que a disponibilidade de animais prontos para abate é pequena frente à demanda aquecida, principalmente do mercado externo – explica o estudo da CNA.
De janeiro a julho, os embarques de carne, industrializada e in natura, para o exterior somaram em volume 1,28 milhão de toneladas, 11% a mais do que no ano passado. Segundo o boletim, a tendência é de crescimento das exportações de carne. Um dos fatores que pode contribuir é a possibilidade de a Rússia aumentar as importações do Brasil, diante dos embargos econômicos impostos por União Europeia e Estados Unidos ao país, em razão da crise na Ucrânia.
• Valorização da carne sem osso perde força no atacado
• A alta dos preços do boi gordo, que tradicionalmente acontece em meados de outubro, foi antecipada esse ano. Em algumas praças do interior de São Paulo já se fala em R$ 130 por arroba. Assista:
Soja
O mercado de soja não teve grande movimentação nos negócios em agosto e os preços da oleaginosa sofrerem pequenas valorizações. Em Sorriso (MT) e Rio Verde (GO), as sacas tiveram altas de 2,9% e 1,6%, respectivamente. No mercado internacional, diz o estudo da CNA, as expectativas estão voltadas para as condições climáticas nos Estados Unidos, que têm sido favoráveis para o aumento da produção. No entanto, a demanda aquecida e os estoques apertados até a entrada da nova safra devem sustentar os preços.
Milho
De acordo com o boletim da Confederação, a colheita do milho segunda safra está na reta final e apresenta ótimo resultado. Entretanto, este fator deve dificultar a reação dos preços do cereal no mercado interno, diante do excedente do grão. Para melhorar o cenário, a CNA avalia a necessidade de exportar este excedente para a recuperação das cotações. No entanto, não há previsão de embarque de grandes volumes no curto prazo.