Agronegócio

Arroba sobe R$ 4 e volta ao patamar de R$ 270; confira as notícias desta quinta

No mercado internacional, impasse no Congresso norte-americano limita desempenho melhor dos ativos de risco no Brasil e no exterior

Milho: bushel rompe US$ 5 em Chicago pela primeira vez desde 2014

Soja: com novas altas no exterior, mercado brasileiro mantém avanços

Café: arábica tem recuo expressivo em Nova York e cotações caem no Brasil

No Exterior: Congresso norte-americano confirma Joe Biden como presidente

No Brasil: Apesar de atuação do BC, dólar fecha no maior valor desde novembro

Agenda:

Brasil: Ipc-Fipe de dezembro (Fipe)

Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)

EUA: exportações semanais de grãos (USDA)

Boi: arroba sobe R$ 4 em São Paulo e volta a ficar acima de R$ 270

A Scot Consultoria registrou alta de mais R$ 4 em São Paulo no preço bruto e à vista da arroba. Dessa forma, a cotação passou de R$ 268 para R$ 272. Das 32 praças pesquisadas pela consultoria, 21 tiveram aumento dos preços. Os negócios com animais que atendem ao mercado externo estão ocorrendo com até R$ 8 de ágio, ou seja, a R$ 280 a arroba.

Na Bolsa, os contratos negociados na B3 tiveram um dia marcado por uma leve desvalorização no primeiro futuro. O ajuste do vencimento para janeiro, o mais líquido atualmente, passou de R$ 277,75 para R$ 277,50.

Milho: bushel rompe US$ 5 em Chicago pela primeira vez desde 2014

Os contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago superaram os US$ 5,0 por bushel pela primeira vez desde 2014. Na máxima do dia, o vencimento para março chegou aos US$ 5,026, mas ao longo do pregão a alta perdeu um pouco de força e ficou em US$ 4,95.

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), se recuperou da queda no dia anterior e passou de R$ 81,62 para R$ 82,31 por saca. Dessa maneira, a cotação já acumula uma alta de 4,7% em 2021.

Soja: com novas altas no exterior, mercado brasileiro mantém avanços

Com a soja negociada na Bolsa de Chicago se aproximando cada vez mais dos US$ 14,0 por bushel, os preços no Brasil seguem em trajetória altista. A recente desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar também favorece o movimento. A Safras & Mercado registrou melhora no ritmo de negócios em virtude dos melhores valores dos últimos dias.

De acordo com o levantamento diário da consultoria, em Passo Fundo (RS), a saca passou de R$ 155 para R$ 162, em Cascavel (PR), foi de R$ 158 para R$ 160 e no porto de Paranaguá (PR), subiu de R$ 162 para R$ 164.

Café: arábica tem recuo expressivo em Nova York e cotações caem no Brasil

Os contratos futuros de café arábica negociados na bolsa de Nova York tiveram o terceiro dia consecutivo de queda nas cotações. O vencimento para março recuou de US$ 1,2510 para US$ 1,2090 por libra-peso, -3,3% na passagem do dia.

Com mais um recuo no exterior e apesar do dólar avançar em relação ao real, os preços no Brasil não resistiram e tiveram queda. O indicador do café arábica do Cepea passou de R$ 615,40 para R$ 611,28 por saca, e agora tem uma alta acumulada de 0,8% no ano.

No Exterior: Congresso norte-americano confirma Joe Biden como presidente

Na manhã desta quinta-feira, 7, após uma grande confusão com invasão ao Capitólio, o Congresso norte-americano confirmou Joe Biden como presidente dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump afirmou que pretende fazer uma transição em ordem até a posse no dia 20 de janeiro.

Ainda sobre eleições nos EUA, veículos de imprensa confirmaram a vitória do segundo Senador democrata no Estado da Geórgia, onde ainda havia uma disputa de segundo turno. Com as duas vitórias democratas, o Senado fica totalmente dividido com 50 senadores de cada partido. Porém, como o voto de desempate é dado pelo vice-presidente, o partido democrata terá controle total sobre legislativo e executivo.

No Brasil: Apesar de atuação do BC, dólar fecha no maior valor desde novembro

O dólar teve mais um dia de alta volatilidade e subiu 0,80%, a R$ 5,3024, maior valor desde o fim de novembro. A pressão no câmbio fez o Banco Central atuar no mercado na tentativa de atenuar a desvalorização do real. Os investidores seguem preocupados com o risco fiscal no Brasil e aumento das despesas em virtude da piora da pandemia.

A autoridade monetária conseguiu conter a valorização da moeda norte-americana, porém, as confusões ocorridas no Congresso dos Estados Unidos acabaram por prejudicar os ativos de risco. Dessa maneira, tanto o real, como o índice Ibovespa, sofreram a pressão negativa e recuaram.