Agronegócio

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a quarta-feira

Plano Safra, alta no preço do milho em Chicago e resultados da balança comercial de junho estão entre as informações importantes de hoje

  • Abertura dos mercados: agenda de indicadores cheia entre hoje e amanhã pode trazer volatilidade ao câmbio

  • Boi: suspensão de frigoríficos pela China tem impacto limitado nos preços

  • Milho: corte na área plantada nos EUA pelo USDA impulsiona cotações

  • Soja: portos brasileiros registram preços de até R$ 120 com USDA e dólar

  • Café: alta se mantém em Nova York com contrato para setembro acima de 1 dólar por libra-peso

Agenda:

  • Plano Safra 2020/2021 entra em vigor hoje

  • IBGE: índice de preços ao produtor de maio

  • Departamento de Energia dos EUA (DoE): estoques semanais de petróleo

  • Ministério da Economia: balança comercial de junho

  • Banco Central dos EUA (FED): ata da última reunião de política monetária

Abertura dos mercados: agenda de indicadores cheia entre hoje e amanhã pode trazer volatilidade ao câmbio

Na agenda de indicadores de hoje nos EUA temos como destaque a criação de vagas no setor privado, dado considerado prévio para a criação de postos formais de trabalho  que será divulgada amanhã. A expectativa do mercado é de continuidade da recuperação de empregos fechados entre março e abril.

Resultados que fiquem muito distante das expectativas pode mudar percepção de risco dos investidores e trazer bastante volatilidade aos mercados, sobretudo ao câmbio no Brasil, que tem se mostrado mais instável que outros pares nos últimos meses. No cenário doméstico, o destaque é a balança comercial de junho que pode trazer recorde para exportação de carne bovina no mês.

Boi: suspensão de frigoríficos pela China tem impacto limitado nos preços

A suspensão de três frigoríficos brasileiros pela China teve impacto bastante limitado nas cotações do boi. No mercado futuro (B3), os preços sentiram e operaram em baixa durante toda a manhã, porém, no início da tarde as cotações já se recuperavam com grande parte dos analistas projetando pouco efeito prático das suspensões e com o mercado físico registrando ainda valorizações pequenas em algumas praças.

De acordo com a Scot Consultoria, além da pouca oferta, há expectativa de aquecimento das vendas com a virada do mês e o relaxamento da quarentena em algumas regiões.

Milho: corte na área plantada nos EUA pelo USDA impulsiona cotações

Em Chicago, o contrato para julho sobe 1,3% às 7h03 (horário de Brasília) após subir mais de 3,5% ontem, dia 30. O relatório de área e estoque do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) trouxe corte de área plantada do milho em número maior que o esperado pelos analistas de mercado. A estimativa foi de 37,23 milhões de hectares, cerca de 2 milhões de hectares a menos que o relatório anterior. De acordo com a Agrifatto Consultoria, a expectativa do mercado era uma alta de 800 mil hectares.

No mercado físico brasileiro, a repercussão do relatório se juntou à força do dólar e o avanço lento da colheita do cereal e pressionou as cotações com o milho base Campinas trabalhando já próximo dos R$ 49 por saca

Soja: portos brasileiros registram preços de até R$ 120 com USDA e dólar 

A consultoria Safras reportou sinalizações de compradores de até R$ 120 por saca de soja nos portos e volume expressivo de pelo menos 300 mil toneladas comercializadas ao longo do dia no país. De acordo com o Estadão Conteúdo, o aumento da estimativa de área plantada no relatório do USDA ficou abaixo do esperado pelo mercado.

A área plantada foi projetada em 33,92 milhões de hectares, acima do relatório anterior de 33,80 milhões de hectares, mas abaixo das projeções dos analistas de 34,30 milhões de hectares.

Café: alta se mantém em Nova York com contrato para setembro acima de 1 dólar por libra-peso

As cotações de café se mantém em alta no mercado futuro em Nova York e caminham para o terceiro dia de alta consecutiva com aumento do risco climático. O contrato para setembro tem conseguido se manter acima do patamar de 1 dólar por libra-peso. Ainda assim, o acumulado do primeiro semestre teve uma queda de 25% e cerca de 18% em 12 meses.