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As notícias que você precisa saber agora para começar bem a quarta-feira

Preço do milho no indicador Cepea/Esalq que subiu pelo quinto dia consecutivo e expectativa de novo corte na taxa Selic estão entre as informações importantes de hoje

  • Boi: Scot Consultoria registra alta em mais de 70% das praças pesquisadas

  • Milho: indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa sobe pelo quinto dia consecutivo e encosta nos R$ 52 por saca

  • Soja: preços seguem em alta apesar de queda no câmbio e em Chicago

  • Café: indicador do Café Arábica Cepea/Esalq atinge maior patamar desde o final de maio

  • No Exterior: avanço nas negociações para estímulos nos EUA e resultados corporativos na Europa trazem otimismo

  • No Brasil: expectativa é de novo corte na taxa Selic, para 2,0% ao ano; cenário fiscal preocupa e entra no radar do mercado novamente

Agenda:

  • EUA: balança comercial de junho

  • EUA: estoques semanais de petróleo

  • Brasil: reunião do Copom – decisão sobre a taxa Selic

Boi: Scot Consultoria registra alta em mais de 70% das praças pesquisadas

A Scot Consultoria registrou alta disseminada entre as praças pesquisadas no mercado físico do Boi Gordo. Entre as 32 localidades pesquisadas, a consultoria observou altas em 23 delas. A pesquisa mostrou que em São Paulo, o boi comum está cotado em R$ 226 por arroba, bruto e à vista, enquanto que o Boi China segue firme em R$ 230. A Scot ressalta que alguns negócios com bois convencionais já saem no preço do Boi padrão exportação, ainda que sejam poucos. O contrato para outubro do Boi Gordo na B3 renovou o maior valor de fechamento desde que o contrato passou a ser negociado e ficou em R$ 225 por arroba. Enquanto que o indicador Cepea/B3 recuou e ficou em R$ 226,85.

Milho: indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa sobe pelo quinto dia consecutivo e encosta nos R$ 52 por saca

O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base de preços de Campinas/SP, subiu pelo quinto dia consecutivo, cotado a R$ 51,97. Já o contrato com vencimento em setembro na B3 interrompeu a sequência de altas e recuou 1,65%, cotado a R$ 51,89 por saca. O cereal na bolsa brasileira sentiu a forte queda em Chicago com o contrato para dezembro recuando mais de 2,5%, para US$ 3,2025 por bushel. Apesar das quedas nas bolsas e também do dólar ante o real, o mercado físico segue sustentado como indicado pela média do Cepea e também de acordo com a consultoria Safras & Mercado. O analista da empresa, Paulo Molinari, destaca que o quadro é de oferta limitada, apesar do avanço da colheita da safrinha, e de dificuldade para os compradores. Este cenário mantém os preços firmes e com viés de alta.

Soja: preços seguem em alta apesar de queda no câmbio e em Chicago

O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá renovou o recorde histórico pelo terceiro dia consecutivo, cotado a R$ 120,55 por saca. Os preços no mercado físico brasileiro seguem em alta mesmo em dia de queda do dólar, que recuou 0,45%, cotado a R$ 5,29 e apesar também da baixa em Chicago, que o contrato para novembro perdeu 1,62%, para US$ 8,8175 por bushel. No exterior, a melhora das condições das lavouras americanas e a falta de novas vendas externas pressionaram a oleaginosa. O Itaú BBA projeta preços firmes para a soja no Brasil em virtude da menor disponibilidade do grão no mercado doméstico e do ritmo elevado das exportações.

Café: indicador do Café Arábica Cepea/Esalq atinge maior patamar desde o final de maio

O indicador do Café Arábica Cepea/Esalq subiu pelo sétimo dia consecutivo e atingiu o maior patamar desde o dia 20 de maio, cotado a R$ 578,99 por saca. Após subir mais de 10,5% em julho, o café já chega a uma alta de 3,13% em agosto. De acordo com o Itaú BBA, a reabertura da economia nas principais regiões consumidoras melhora a perspectiva para a demanda por café.

No Exterior: avanço nas negociações para estímulos nos EUA e resultados corporativos na Europa trazem otimismo 

A Bloomberg informa que há uma crescente pressão sobre republicanos e democratas nos EUA para resolverem rapidamente as diferenças em torno do novo pacote de estímulo fiscal. O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse ontem, dia 4, que o objetivo é chegar em um acordo até o final de semana. Bons resultados corporativos do banco Commerzbank e da seguradora Allianz, na Alemanha, foram apresentados e projetam uma perspectiva melhor para o segundo semestre. Esses fatores somados e a falta de novidades em relação ao avanço de casos de coronavírus geram otimismo nos mercados globais.                      

No Brasil: expectativa é de novo corte na taxa Selic, para 2% ao ano; cenário fiscal preocupa e entra no radar do mercado novamente

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia hoje, após o fechamento dos mercados, a decisão sobre a taxa Selic. A projeção de ampla parcela do mercado é de mais um corte residual de 0,25 ponto percentual levando a taxa para 2,0% ao ano. A grande expectativa está no comunicado do comitê após a decisão, que pode sinalizar para o encerramento do ciclo de cortes nessa reunião ou deixar a possibilidade de novos cortes residuais em aberto para os próximos encontros. A perspectiva para o cenário fiscal do Brasil voltou ao radar do mercado com notícias de pressões contra o teto de gastos, uma importante âncora fiscal, e a prorrogação do auxílio emergencial. Essa preocupação com a política fiscal reduziu as apostas por mais cortes de juros na reunião do Copom em setembro.