Pelo acordo firmado com os credores, em novembro do ano passado, o Independência deveria pagar R$ 100 mil à vista a cada um dos produtores. O restante da dívida foi dividido em 24 parcelas. O primeiro pagamento foi feito. Segundo a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a empresa já pagou 75% dos 1524 fornecedores.
? Nós não temos idéia do que vai ser proposto e é por isso que estamos aqui. Nós não queremos que o pecuarista seja ainda mais prejudicado neste processo que já dura dois anos ? diz o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
O representante da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Geraldo Perri Morais, concorda que não está claro o que o devedor quer mudar no acordo.
? Eles estão cumprindo o que foi acordado. Nós não temos nada quanto a isso, mas estamos em alerta para o caso de um imprevisto ? avalia Moraes.
Os pecuaristas de Goiás também estão preocupados.
? Toda alteração traz uma agonia para os credores e por isso estamos aqui para defendê-los ? explica José Manuel Caixeta, da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
O fato de a assembleia ter sido marcada em São Paulo e às vésperas de um feriado é visto como uma estratégia do frigorífico para testar a união dos credores, o que só traz apreensão ao processo, segundo a Acrimat.
? O pecuarista não mora em São Paulo. Nós tivemos que vir do Brasil inteiro para cá, mas viemos assim mesmo ? diz Luciano Vacari.