Instalações modernas, com sistemas de climatização e de distribuição de rações automatizados. Romer Yamashita não economizou na hora de atender as exigências cada vez maiores da indústria e das autoridades sanitárias. O agricultor se profissionalizou, investiu e hoje possui três barracões, que juntos alojam quase 65 mil aves. Os dois barracões mais novos custaram R$ 150 mil cada. Toda a despesa foi financiada e só deve ser quitada em sete anos. Mas apesar dos avanços, o avicultor está desanimado. O preço recebido pelo frango não agrada. Em média são 40 centavos por unidade. Pelo menos 15 centavos abaixo do valor considerado ideal pelo produtor.
Avicultor e extensionista da Empaer na região, Antônio Verciano Neto também reclama dos baixos preços. Ele diz que o atual cenário é bem diferente do imaginado há pouco menos de duas décadas, quando o frigorífico de aves se instalou no Estado. Segundo os avicultores, a situação chegou a um ponto tão delicado que já tem gente pensando em abandonar a atividade. O problema é como fazer isso, já que muitos estão endividados, pois fizeram empréstimos para investir nos aviários.
A situação no Mato Grosso também está cada vez mais agravada desde que o governo do Estado suspendeu o desconto de 50% sobre o ICMS incidente na energia elétrica em áreas rurais. O cenário da atividade na região é preocupante e a Associação Mato-grossense de Avicultores Integrados assegura que se não houver mudanças, o futuro de mais de 120 avicultores estará ameaçado.