O investimento está sendo aplicado em maquinário para colocar o produto em latas de 125 e 170 gramas, processo atualmente feito fora do Brasil. Em Rio Grande, a Leal Santos pesca, limpa, cozinha e separa o atum. Com a parceria, enlatará o peixe extraído na costa brasileira, além de sardinha de fora do país. Destinada ao mercado nacional, até então pouco explorado, a produção será de 3 mil toneladas de conservas por ano.
? Passaremos por uma readequação na produção. Devemos abrir até 150 postos de trabalho. Conforme o avanço, vamos ampliar e exportar para o Mercosul ? destaca Alexandre Lloparit, diretor da Leal Santos.
Pertencente à família que detém o controle do Jealsa, a empresa foi escolhida como porta de entrada do grupo no país. A logística da planta de Rio Grande, de 25 mil metros quadrados, à margem do canal de acesso ao porto, atraiu os europeus, que começaram sua operação nacional em fevereiro, por meio da filial Crusoe Foods, com matriz em São Paulo.
Até 2012, a intenção é atingir 5% do mercado nacional de pescado em conserva. Na década de 1970, Rio Grande foi um dos principais polos de pesca do Brasil, com cerca de 35 indústrias e 17 mil empregados. Hoje, segundo o Centro de Indústrias local, são 11 empresas, com 2,5 mil trabalhadores.