Aumenta o descarte de matrizes em Mato Grosso

Pecuaristas levaram ao gancho aproximadamente 221 mil matrizes em janeiro de 2015 ante a 188 mil em dezembro do ano anteriorO abate de fêmeas bovinas com mais de 24 meses (matrizes) teve aumento de 74% entre dezembro de 2014 e janeiro deste ano em Mato Grosso.

Os pecuaristas levaram ao gancho aproximadamente 221 mil matrizes em janeiro de 2015 ante a 188 mil em dezembro do ano anterior, segundo os números do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea). No primeiro mês do ano o Estado abateu 469 mil animais, sendo 248 mil machos.

De acordo com informações do boletim semanal da bovinocultura de corte do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) esse maior volume de abate de fêmeas é típico do período, principalmente pelo término da estação de monta, momento em que as fêmeas que não foram emprenhadas, são descartadas do rebanho.

O gerente de projetos da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fábio da Silva, afirma que o descarte das fêmeas que falharam na estação de monta é necessário para reduzir custos do pecuarista.

Ele ainda completa que esse descarte de fêmeas improdutivas deve estar no radar dos produtores, a fim de se garantir melhores índices reprodutivos do rebanho, como a taxa de prenhez.

– O descarte de fêmeas nesse período é normal, sempre acontece, porém, o cenário ainda indica que 2015 é um ano de retenção de matrizes em virtude das altas cotações da arroba e do bezerro – explica.

Entre os meses de janeiro deste ano e do ano passado a valorização da arroba do boi gordo foi de 42,8%. O bezerro também subiu e, em números absolutos, o preço está R$ 352,73 mais elevado que naquele período. Atualmente, o animal de 12 meses é cotado a média de R$ 837 (fêmea) e R$ 1.231 (macho), já o preço bezerro desmama, de oito meses, chegou a R$ 733 (fêmea) e R$ 1.082 (macho).