Aumento no abate de fêmeas pode comprometer rebanho bovino em Mato Grosso, diz superintendente da Acrimat

Luciano Vacari atribui alta à redução das pastagens, prejudicadas pela seca e proliferação de pragasO ritmo de crescimento no abate de fêmeas do rebanho bovino em Mato Grosso é motivo de preocupação para o setor. Conforme dados da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), do total de animais abatidos em 2011, de 4,87 milhões de cabeças, 44,6% eram fêmeas. O número representa um aumento de 10,4% em relação à proporção obtida em 2010. Na avaliação do superintendente da entidade, Luciano Vacari, a situação é de crise. Ele explica que a alta se deve à degradação dos pastos. A Acrimat divu

– Se continuarmos abatendo fêmeas desse jeito, pode haver comprometimento do crescimento do rebanho em Mato Grosso. Precisamos encontrar uma maneira de superar essa crise, que começa nas pastagens, que foram prejudicadas pela estiagem e a proliferação de pragas. Como elas não suportam engordar todos os animais, os pecuaristas acabam optando por sacrificar a fêmea – aponta.

De acordo com Vacari, para resolver o problema, é necessário investimento em tecnologia. Entretanto, segundo ele, os custos são inviáveis para a maioria dos produtores, que cobram auxílio do governo federal.

– É preciso disponibilizar linhas de crédito compatíveis com a atividade pecuária. O criador não pode ter prazos e limites iguais aos da agricultura, porque o ciclo é muito maior – argumenta.