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Aumento dos custos e queda no preço pago pela arroba do boi preocupam pecuaristas de São Paulo

Valor da mão de obra foi o que mais subiu nos últimos dois anosO aumento nos custos e a queda no preço pago pela arroba do boi preocupam pecuaristas do interior de São Paulo. O valor da arroba está cerca de 10% menor do que no mesmo período do ano passado e, de 2010 para 2012, os custos registraram alta foi de mais de 30%. No último ano, o que mais pesou para o criador foi o aumento na despesa com mão de obra.

Administrador de uma propriedade no município de Itatiba, a 80 km da cidade de São Paulo, José Nivaldo Soares percebeu uma alta de 20% nos custos com trabalhadores.

— O pessoal que mora na fazenda hoje tem uma cesta básica, uma horta de verdura, leite para o gasto, casa para morar. O salário hoje varia de acordo com o cargo que a pessoa assume — explica Soares.

Mesmo assim, todo ano eles perdem parte dos funcionários. O problema é que os maiores concorrentes dos produtores para a mão de obra estão cada vez mais próximos das propriedades. A maior saída de trabalho do campo é para a indústria. Somente no entorno da propriedade administrada por Soares existem seis empresas de grande porte.

— Se não pagar mais a gente perde os funcionários para a indústria. A indústria está sempre cercando e pagando mais, então tem uma concorrência muito grande — diz Soares.

Além da remuneração da mão de obra, outros custos também tiveram alta. Segundo dados do Centro de Pesquisas Avançadas em Economia Aplicada (Cepea), o sal mineral (1,8%), óleo diesel (5%), adubos e fertilizantes (22%), ração sem farelo de soja (25%), ração com farelo de soja (40%), arames (14%) e vermífugos, vacinas e remédios (8%) registraram aumento no último ano.

Enquanto todos os custos sobem, o preço da arroba continua baixo. Em setembro de 2011 os produtores recebiam de R$ 105,00 a R$ 107,00 por arroba e agora R$ 97,00.

Por isso é preciso mais do que organização financeira. O professor e pesquisador da Universidade de São Paulo, Flávio Portela dos Santos, acredita que os produtores precisam fazer um planejamento de longo prazo.

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