Os preços recuaram em várias regiões esta semana, mas nos valores menores o pecuarista tem segurado os animais, onde as pastagens permitem. Do lado da demanda, a situação não está boa, com o recuo de consumo típico do período, devido à diminuição do poder de compra da população pelos impostos e gastos no final do ano.
Para as próximas semanas, a tendência é de aumento na disponibilidade de animais de pasto. Vale destacar que estamos na safra e, sendo assim, a disponibilidade não necessariamente significa oferta. O pecuarista pode segurar os animais no pasto, fato que não ocorre na época de confinamento.
O clima tem afetado a oferta em algumas regiões. Em Minas Gerais, as chuvas atrapalham o transporte e ajudam a segurar o mercado. Em Belo Horizonte a cotação do boi gordo subiu. Está em R$95,00/arroba, à vista, livre de imposto.
No Rio Grande do Sul, a baixa disponibilidade de pastagens não tem gerado oferta de animais terminados, o que colabora com os preços firmes observados. Em Pelotas e no oeste do Estado, os bois gordos são negociados por R$3,30/quilo e R$3,25/quilo, respectivamente, a prazo, livres de imposto.
Outro ponto de atenção é o possível aumento na venda de vacas, continuando o movimento de descarte iniciado em 2011, que pode pressionar as cotações nos próximos meses.