Nesta sexta, dia 24, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, informou, por meio de nota, que recebeu telefonema, na quinta, dia 23, do embaixador do Brasil no Japão confirmando a liberação das importações de carne suína de Santa Catarina.
O presidente da Coopercentral Aurora Alimentos anunciou que uma comitiva japonesa virá ao Brasil em breve para visitar as indústrias do Estado e orientar sobre os tipos de cortes que os japoneses desejam e o Ministério da Agricultura brasileiro indicará as indústrias que serão vistoriadas. Lanznaster ressaltou que a unidade FACH1 da Aurora, de Chapecó (SC), já tem autorização para exportação ao Japão.
– Ainda não há estimativa de vendas, mas, acredito que em um ano pode ser atingido um nível de vendas semelhante aos ‘bons tempos de exportação para a Rússia’ quando o Brasil chegou a vender cerca de meio milhão de toneladas/ano – disse o presidente da Aurora, no comunicado.
– É um processo lento, não avaliamos a quantidade de oferta, mas calculamos que em 90 dias estaremos embarcando de três a quatro contêineres, com 25 toneladas cada. Até o fim do ano a intenção é atingir de 200 a 400 toneladas – completou. A Aurora espera que, com a abertura do Japão, ocorra uma melhoria no preço da carne suína brasileira no mercado externo.
Para uma outra indústria do setor, além da importância do Japão, a notícia deve despertar o interesse de outros mercados pela proteína brasileira, como Coreia do Sul.
– No curto prazo, a indústria esta tratando de entender o mix que poderá ser exportado – disse uma fonte próxima da companhia. Segundo ele, o Japão trabalha com dois canais de reprocessamento (que compra pernil, paleta, barriga, entre outros) e o mix de pratos de mesa (que compra lombo e copa). A fonte disse, ainda, que na próxima terça, dia 28, a Ucrânia pode reverter o embargo temporário que perdura desde meados de março.
Já o diretor de Agropecuária e presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antonio Zordan, destacou, em nota, que a abertura do Japão beneficiará os produtores que participam do regime de integração das agroindústrias e das cooperativas agropecuárias, porque esses criadores já cumprem todas as normas e exigências do mercado nipônico.