Os cerca de 70 produtores integrados de suínos da região devem ser os mais beneficiados com a reabertura já que, atualmente, os animais são transportados por 150 quilômetros até Chapecó, no Oeste, onde são abatidos. A demora da viagem causa mortalidade e também pode prejudicar a qualidade da carne.
Irineu Meneghini, que cria suínos em parceria com a Aurora há 10 anos, diz que a retomada do funcionamento da unidade de Joaçaba vai possibilitar a expansão dos negócios. O produtor integrado mora distante cinco quilômetros do frigorífico e acredita que a produção deve ser valorizada com o encurtamento da distância entre o campo e indústria.
— O suíno vai ficar menos tempo no caminhão e a quebra na produção vai ser menor. Com isso, os produtores deverão ser mais valorizados e podem aumentar a criação — afirma.
Além dos produtores, o município também deve ser favorecido com os investimentos do frigorífico e o aumento na arrecadação de impostos. Em contrapartida, a prefeitura se comprometeu em perfurar um poço artesiano e canalizar os efluentes até o Rio Caraguatá para atender a demanda da unidade.
O sistema, tanto de água quanto de destinação correta dos resíduos, deve ser utilizado também por outras 13 empresas instaladas no Distrito Industrial de Joaçaba, que são vizinhas da Aurora. O prefeito Rafael Laske diz que o investimento será de cerca de R$ 4 milhões e parte será custeada pelo governo do Estado.
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Antes de ser reaberta, a unidade deve passar por reformas e readequações tecnológicas, que ficam prontas até o final de 2013. O investimento da Aurora será de R$ 40 milhões e serão oferecidos 600 postos de trabalho.
O presidente da Aurora, Mário Lanznaster, explica que a ideia é manter os integrados e absorver toda a produção de suínos da região, com abate de 2 mil animais por dia na unidade.
— Vamos manter os mesmos integrados, dando possibilidade para quem quer expandir. A ideia é dar vazão aos animais que já estão sobrando nas cooperativas filiadas.
As obras no frigorífico devem começar em agosto. Com as reformas, a unidade deve abater o dobro de suínos do que em 2009, quando fechou.
