O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta sexta-feira (17). Segundo o analista de Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o mercado permanece em compasso de espera. “A ausência do principal importador de carne bovina brasileira segue gerando transtornos. Os frigoríficos exportadores ainda trabalham no remanejamento de suas escalas de abate. Estima-se que importante parcela de carne bovina aguarda escoamento em câmaras frias ou nos portos. Nesse ambiente é compreensível que os frigoríficos sigam exercendo pressão sobre o mercado”, disse Iglesias.
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Para o pecuarista a situação também é complicada, avaliando os elevados custos de nutrição animal que envolvem o confinamento em 2021. “A necessidade de manter os animais por mais tempo resulta em ampliação dos custos com baixa capacidade de repasse ao longo da cadeia produtiva”, assinalou o analista.
Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 304 na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 285. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 302. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 285. Em Uberaba (MG), os preços estão em torno de R$ 304 a arroba.
Atacado
A carne bovina segue com preços acomodados no mercado atacadista. “O ambiente de negócios aponta para menor propensão a reajustes no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. Precisa ser mencionado que a carne que no momento aguarda para ser embarcada ainda não foi ofertada no mercado doméstico. Caso isso aconteça, os preços derreteriam levando os frigoríficos a exercer pressão ainda maior sobre os preços na compra de gado”, alertou Iglesias.
Com isso, o quarto dianteiro ainda foi precificado a R$ 16,30 o quilo. Ponta de agulha também permanece precificada a R$ 16,30, por quilo. Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,50, por quilo.